Acordo comercial com EUA? “É um bom sinal”, diz Draghi
Presidente do BCE diz que é um "bom sinal" existir vontade entre EUA e União Europeia para travar escalada das tensões comerciais, isto depois do acordo entre Donald Trump e Jean-Claude Juncker.
O que pensa do acordo entre Donald Trump e Jean-Claude Juncker sobre o comércio entre os EUA e a União Europeia? “Tomámos nota disso. É demasiado cedo para avaliar o conteúdo atual… Mas se temos alguma coisa a dizer em termos gerais, é um bom sinal”, declarou Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), esta quinta-feira.
“É um bom sinal porque de alguma forma mostra que há vontade para discutir o tema do comércio novamente dentro de um enquadramento multilateral”, explicou de seguida. E não fez mais comentários sobre o assunto: “Será muito difícil ir além desta opinião dado que não conhecemos a substância do acordo”.
Depois de mais uma reunião do Conselho de Governadores sobre política monetária, Mario Draghi não mudou o tom da mensagem do banco central: manteve os juros em mínimos históricos — e nesses níveis deverão continuar “até durante o verão de 2019” — e reafirmou a intenção de por termo aos estímulos monetários no final do ano.
“Neste momento, não vemos necessidade de modificar ou adicionar nova linguagem à nossa orientação sobre as taxas de juro”, frisou o italiano.
"Tomámos nota disso. É demasiado cedo para avaliar o conteúdo atual… Mas se temos alguma coisa a dizer em termos gerais, é um bom sinal.”
Ainda assim, não deixou de apontar algumas fragilidades que começam a aparecer no bloco da moeda única: por exemplo, as exportações perderam algum gás e o cenário internacional pode mudar com uma guerra comercial à escala mundial.
“Uma guerra comercial, onde temos retaliações e respostas, poderá criar um clima totalmente diferente. E temos de avaliar tanto os efeitos diretos, que poderão ser significativos, e os efeitos indiretos na confiança, especialmente no investimento empresarial. Temos de avaliar isso no futuro“, disse.
Esta quarta-feira, Trump e Juncker chegaram a um entendimento quanto às tarifas a aplicar sobre as trocas comerciais entre ambos os blocos, deixando ainda o compromisso de que EUA e União Europeia se vão sentar à mesa das negociações antes de implementarem mais taxas, algo que deixou os investidores satisfeitos porque poderá ser um primeiro passo para se evitar uma escalada das tensões comerciais.
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