CGD “partilha” lucros com trabalhadores em plena guerra laboral
No próximo mês, os trabalhadores da CGD que tenham sido avaliados positivamente vão receber prémios que variam entre os 500 e os 3.00 euros. Trata-se da "partilha" de lucros.
No mês em que arrancam as negociações com os sindicatos sobre o Acordo de Empresa, a Caixa Geral de Depósitos vai atribuir prémios aos trabalhadores que forem avaliados positivamente, avança o Público (acesso condicionado). Os funcionários que progridam por mérito, este ano, vão ainda receber outras contrapartidas. O banco público justifica esta distribuição de prémios com a figura da “partilha” dos lucros alcançados em 2017 e no primeiro semestre de 2018.
Segundo apurou o jornal, os bónus vão variar entre 500 e três mil euros. O valor do prémio a ser atribuído a cada trabalhado vai depender da sua avaliação e da concretização dos objetivos de equipa, bem como do seu salário base. Quanto às progressões anuais por mérito, as novas remunerações decorrentes desse processo serão pagas com retroativos a janeiro. Isto apesar de ter sido anunciado aos sindicatos, numa primeira fase, que só recuariam até agosto.
“A Comissão Executiva deliberou atribuir aos colaboradores do grupo um prémio de desempenho que reconheça aqueles colaboradores que se destacaram pelas suas competências, empenho e contributo para os resultados“, explica o banco de Paulo Macedo ao Público.
Esta “partilha” de lucros chega numa altura em que o banco vive tensões laborais significativas. Esta sexta-feira, os trabalhadores estão mesmo em greve em protesto contra a denúncia do Acordo Empresa. A paralisação deverá implicar o não funcionamento de muitos balcões em todo o país, mas a administração da CGD desvaloriza o impacto.
A equipa liderada por Paulo Macedo quer um novo acordo que se aproxime mais do que está em vigor nos demais bancos, através de um acordo coletivo de trabalho do setor — proposta que os trabalhadores têm contestado, por não quererem perder direitos.
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