Há mais uma agência de rating a dizer que Portugal é um bom investimento
A KBRA é a sexta agência internacional a atribuir um rating a Portugal e a quinta a colocar o País em "grau de investimento". A classificação é de BBB, dois níveis acima do "lixo". O outlook é estável
Há mais uma agência de notação financeira a ver a dívida portuguesa como uma boa opção de investimento. A agência norte-americana KBRA iniciou a cobertura do rating de crédito de Portugal, atribuindo uma classificação de BBB, dois níveis acima da classificação de “lixo”.
O início da cobertura da dívida soberana nacional é numa nota emitida pela KBRA a 2 de novembro.
“A Kroll Bond Rating Agency Europe atribui um rating de emitente BBB à República Portuguesa. Também atribui ratings de emitente soberano de curto prazo de K2. O rating assume um outlook estável”, diz a agência norte-americana numa nota emitida pela KBRA a 2 de novembro em que iniciou a cobertura dos títulos de Portugal.
A KBRA, que está em atividade desde 2010, é assim a sexta agência de rating internacional a atribuir classificação à divida soberana nacional. Junta-se à Standard & Poor’s, Fitch, Moody’s, DBRS e Dagong no acompanhamento do rating nacional, com esta última a ser a única a manter Portugal ainda no “lixo”. Tem uma notação de BB+
A classificação atribuída pela KBRA coloca Portugal no segundo patamar acima do “lixo”, com base em cinco fatores:
- Integração de Portugal na União Europeia e na Zona Euro confere suporte institucional;
- Melhoria da estrutura económica caracterizada pelo crescimento da importância das exportações, ganhos de eficiência e de competitividade, e maior participação nas cadeias globais de ganho de valor;
- Compromisso forte do Governo relativamente à disciplina orçamental;
- Gestão ativa da dívida reduziu os riscos de refinanciamento e fortaleceu substancialmente o perfil da dívida governamental;
- Melhorias estruturais nas contas externas.
“O rating da República Portuguesa é apoiado pelo elevado grau de desenvolvimento económico, pontos fortes a nível institucional que foram ainda mais sustentados pela adesão à União Europeia e à Zona Euro, e a forte gestão económica do Governo no após crise“, contextualiza esta agência de notação financeira.
Em sentido negativo, a KBRA diz que “as principais restrições ao rating relacionam-se com o elevado fardo da dívida governamental que limita a flexibilidade orçamental, a taxa de crescimento potencial moderada, o elevado nível de endividamento de toda a economia […] e nas fraquezas do setor bancário“.
Portugal junta-se assim aos EUA e ao Reino Unido, na lista de economias cujos ratings começaram a ser classificados pela KBRA este ano. A equipa de research da agência de notação financeira norte-americana acompanha ainda outras economias como a China, a França ou a Irlanda.
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