Costa responde a Bruxelas no Twitter sobre as previsões económicas
O primeiro-ministro divulgou na sua conta no Twitter tabelas que comparam as previsões da Comissão Europeia com os resultados económicos de 2016 e 2017.
O primeiro-ministro comparou esta sexta-feira as previsões da Comissão Europeia com os resultados económicos alcançados em 2016 e 2017 em termos de Produto Interno Bruto (PIB), défice orçamental e desemprego para mostrar que Bruxelas tem errado nas suas estimativas.
De acordo com os dados do quadro que António Costa divulgou esta manhã na sua conta no Twitter, em 2016, em termos o PIB, as previsões da Comissão divulgadas no início de 2015 apontavam para um crescimento de 1,7% e os números reais foram mais positivos, tendo-se registado um crescimento de 1,9%, e o mesmo se verificou em 2017 (1,8% de previsão e 2,8% de crescimento realmente alcançado). Um quadro que, na versão em inglês, se refere às Previsões de Inverno, quando na realidade se tratam das Previsões de Outono. As Previsões de Inverno, de acordo com a Comissão Europeia só serão publicas em fevereiro do próximo ano, com uma atualização dos valores do PIB e da inflação.
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Quanto aos dados do desemprego, as previsões de Bruxelas também ficaram aquém. A taxa de desemprego foi em 2016 de 11,1% enquanto as previsões eram de 11,7%. Em 2017 a previsão de desemprego foi de 10,8% e o número real foi de 8,9%.
O mesmo sucedeu quanto aos valores do défice orçamental: em 2016 a previsão da Comissão Europeia apontavam para 2,9% e na realidade o número ficou em 2%.
Para 2017, a Comissão Europeia previa um défice de 3,5% do PIB e no quadro apresentado pelo primeiro-ministro é colocado um valor real do défice de 0,9% do PIB. No entanto, o valor apresentado por António Costa não leva em conta a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) pois caso o fizesse, então, o valor do défice seria de 3% do PIB.
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Quanto aos anos de 2018 e 2019, o quadro apresentado pelo primeiro-ministro compara as previsões da Comissão Europeia com as do Ministério das Finanças, não sendo ainda possível fazer prova de quais irão ficar mais próximas da realidade.
A informação do chefe do Executivo português surge um dia depois de a Comissão Europeia estimar um abrandamento do ritmo de crescimento da economia portuguesa, para 2,2% este ano e 1,8% no próximo, abaixo das previsões do Governo, cujas estimativas são respetivamente de 2,3% e 2,2%.
A Comissão Europeia estima também que o défice português recuará uma décima entre este ano e o próximo, antecipando um valor de 0,6% do PIB para 2019, acima das previsões do Governo, que apontam para um défice de 0,2% em 2019 e de 0,7% em 2018.
Em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP 3, António Costa notou que a Bruxelas “prevê” e o Executivo “produz resultados”, que têm sido melhores do que os estimados. “A nossa atividade não é produzir previsões, é produzir resultados”, disse o governante.
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