Posição da Sonangol na Galp na mira dos chineses da Sinopec
Banqueiros e advogados procuram compradores para a posição detida pela empresa estatal angolana no capital da petrolífera nacional que já terá encontrado na Sinopec um potencial comprador.
Quase uma semana depois de o presidente de Angola, João Lourenço, ter revelado que a Galp Energia faz parte da lista de ativos a vender pelo Estado angolano, já haverá pelo menos um interessado em ficar com a posição. A notícia é avançada pelo Jornal Económico (acesso pago), na edição desta sexta-feira, diz que a chinesa Sinopec é uma das empresas interessadas.
O semanário explica que banqueiros e advogados já estão à procura de potenciais interessados em ficar com a posição que é detida pela Sonangol na petrolífera nacional. Nesta busca, já terão encontrado pelo menos um interessado: a petrolífera chinesa Sinopec já se terá colocado em posição para uma eventual aquisição dessa posição.
A Sonangol detém uma participação indireta na Galp, através da participação da Esperaza na Amorim Energia. A Amorim Energia é uma holding detida em 55% pela família Amorim e 45% pela Esperaza. Por sua vez, a Esperaza tem como acionistas a Sonangol (60%) e Isabel dos Santos (40%). Feitas as contas, a Esperaza detém indiretamente 15,75% da Galp, numa participação avaliada em cerca de 2,2 mil milhões de euros a preços de mercado.
Em entrevista ao Expresso, publicada no último fim de semana, João Lourenço afirmou que “o Executivo já anunciou que a Sonangol deve retirar-se de grande parte dos negócios e das participações em que está envolvida e que não têm muito que ver com o seu core business“. “Não temos nada contra os portugueses do grupo Amorim, antes pelo contrário, mas num casamento deve haver vontade recíproca entre o noivo e a noiva, ambos têm de estar interessados”, disse ainda o presidente de Angola, para justificar a sua opção de não reforçar a participação na Galp.
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