Administradora financeira da Huawei detida no Canadá. Mercados receiam fim da trégua na guerra comercial
Wanzhou Meng está detida sob suspeita de ter violado sanções impostas pelos Estados Unidos ao Irão. Detenção está a deixar os mercados nervosos.
As autoridades canadianas detiveram, no sábado, a administradora financeira da chinesa Huawei Technologies, Meng Wanzhou, que agora enfrenta a possibilidade de ser extraditada para os Estados Unidos. A detenção acontece por suspeita da filha do criador da Huawei ter violado sanções impostas pelo Governo norte-americano ao Irão. Os mercados receiam que o episódio ponha em causa as tréguas na guerra comercial sino-americana e já estão a reagir negativamente.
O stoxx 600, no início da sessão, (às 8h12 TMG) estava a cair 1,2% com os receios de que a tensão entre os Estados Unidos e a China se volte a agudizar.
O Departamento de Justiça do Canadá confirmou que os EUA solicitaram a extradição de Wanzhou Meng, que tem uma audiência marcada para esta sexta-feira. E as autoridades chinesas já pediram a libertação imediata da CFO da Huawei.
A Huawei confirmou, entretanto, a prisão de Meng e afirmou que a companhia tem poucas informações acerca do caso. “Não estamos cientes de nenhum comportamento ilegal cometido por Meng. A empresa acredita que a justiça canadiana e norte-americana vão chegar a uma conclusão justa”, diz.
A embaixada da China no Canadá veio já pedir a libertação imediata a dirigente da Huawei. Em comunicado, garantem que vão acompanhar de “perto o desenvolvimento desta questão” e tomarão “medidas para proteger resolutamente os legítimos direitos e interesses dos cidadãos chineses”. No mesmo documento, a China “opõe-se com firmeza e protesta com energia” à detenção “que prejudicou gravemente os direitos humanos da vítima”.
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