Fitch sobe ‘rating’ da Caixa Geral de Depósitos em um nível. Mantém avaliação no ‘lixo’
A agência justificou a subida com a implementação do plano estratégico 2017-2020, que se traduziu na melhoria da qualidade dos ativos, da rentabilidade e reforço dos rácios de capital.
A Fitch subiu o rating da Caixa Geral de Depósitos em um nível para BB de BB-, com outlook “positivo”. Apesar de a avaliação continuar no segundo nível de ‘lixo’, a agência de notação financeira justificou a subida com a implementação do plano estratégico 2017-2020, que se traduziu na melhoria da qualidade dos ativos, da rentabilidade e do reforço dos rácios de capital.
“O upgrade reflete o contínuo progresso da CGD na execução do plano de reestruturação nos últimos 12 meses, que tem levado a notáveis melhorias na qualidade dos ativos, rentabilidade operacional e capital”, diz o relatório da Fitch. “Acreditamos que as melhorias no ambiente operacional em Portugal têm sustentado a redução do problema de ativos e facilitado a realização dos objetivos estratégicos da CGD até à data”.
O outlook positivo deve-se à expectativa de que o banco público continue a implementação do plano estratégico com sucesso, traduzindo-se no cumprimento dos objetivos fixados para a qualidade dos ativos, capital e rentabilidade. O Viability Rating (VR) foi também revisto em alta para bb (de bb-), mantendo o outlook positivo.
No entanto, a agência vê ainda o banco como especulativo e aponta para a ainda fraca qualidade dos ativos (nomeadamente em comparação com os standards internacionais) e da rentabilidade core, apesar de ambos os elementos mostrarem melhorias. “Novos progressos na reestruturação do plano vai ser a chave para a consideração do rating. Os ratings têm também em conta o reforço da capitalização e financiamento da CGD”, acrescenta.
BCP revisto em alta, Totta e BPI mantêm
A Caixa Geral de Depósitos é o quarto banco em Portugal que foi avaliado pela Fitch esta quinta-feira. A agência subiu também o rating do Millennium bcp para BB, o segundo nível de grau especulativo. Neste caso, o outlook manteve-se, no entanto, em “estável”. A agência de notação financeira explicou que o upgrade reflete os fortes fundamentais do banco, especialmente a melhoria nos rendibilidade operacional.
A agência considera, no entanto, que a capitalização do banco continua vulnerável a choques, apesar das melhorias. “As métricas de qualidade de ativos do banco são ainda mais fracas do que algumas médias domésticas e internacionais”, explica a Fitch. Tal como no caso da CGD, a Fitch espera que o ambiente económico em Portugal se mantenha propício ao plano do banco de redução dos ativos problemáticos para níveis mais aceitáveis, bem como das melhorias na lucratividade do banco.
A agência norte-americana emitiu também relatórios sobre o Santander Totta e BPI, mantendo os ratings de ambos inalterados. No caso do Totta, continua no nível BBB+ com outlook “estável”. Ainda assim, o banco reviu em alta os Viability Ratings (VRs) do banco para “bbb-” from “bb+”. Já em relação ao BPI, a Fitch manteve o rating em ‘BBB’ com outlook “estável”, refletindo a elevada probabilidade de o banco receber apoio da casa-mãe CaixaBank, em caso de necessidade.
[Notícia atualizada às 18h35]
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