Galp Energia e BCP pesam no PSI-20. Mota-Engil brilha com subida de 4%
As bolsas europeias fecharam no vermelho. No mercado de dívida, a sessão fica marcada por dados que mostram que o terceiro trimestre registou o menor volume de transações em, pelo menos, cinco anos.
A bolsa de Lisboa fechou, esta terça-feira, em queda, em linha com as principais pares europeias. O sentimento negativo que se vive de forma geral nas ações tem sido causado pelos receios de desaceleração da economia global e não passou ao lado do PSI-20, que perdeu 0,59% para 4.702,63 pontos. A EDP, a Galp Energia e o BCP a destacarem-se pela negativa.
Entre as cotadas que mais penalizaram o índice esteve o BCP, com uma queda de 1,60% para 0,233 euros por ação. A EDP desvalorizou 2,51% para 2,95 euros por ação e a eólica EDP Renováveis — cujo CEO está esta terça-feira a ser ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito às rendas excessivas da energia — perdeu 0,79% para 7,58 euros.
As ações da petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva desvalorizaram 1,88%, num de fortes quedas do preço do petróleo. O preço do barril de brent — referência para as importações nacionais — cai 4,23%, para os 57,09 dólares, em Londres, em mínimos de mais de um ano. Já o crude negociado em Nova Iorque desvaloriza 5,47%, para os 47,15 dólares por barril.
Em contraciclo, a Mota-Engil disparou 3,64% para 1,652 euros por ação. A sessão também foi positiva para o retalho, com a Sonae a ganhar 1,76% e a Jerónimo Martins a subir 0,15%. A Navigator ganhou 2,10% e a Altri 0,73%.
Quedas nas bolsas aguça apetite por dívida
O sentimento foi generalizado às bolsas europeias. O índice pan-europeu Euro Stoxx 600 perdeu 0,6%, enquanto o alemão DAX deslizou 0,1%, o francês CAC 40 perdeu 0,7%, o espanhol IBEX 35 tombou 1,6%, o italiano FTSE MIB recuou 0,26% e o britânico FTSE 100 desvalorizou 0,9%.
Os juros das dívidas soberanas recuaram com os investidores a recorrem às obrigações devido ao selloff acionista. A yield das Bunds alemãs a 10 anos caiu para 0,244% e a das Obrigações de França com o mesmo prazo para 0,71%. Em Portugal, o juro da dívida benchmark cedeu para 1,635%.
A sessão contrariou, no entanto, a tendência dos últimos meses. No terceiro trimestre do ano, o volume de transações diárias caiu 20,3% face ao trimestre anterior e 7,2% em comparação com o período homólogo, de acordo com a Associação de Mercados Financeiros na Europa, divulgados esta terça-feira. O montante é o mais baixo desde que a associação faz o registo, ou seja, desde pelo menos 2013. A diminuição da liquidez deveu-se ao aumento do risco em Itália, mas também a fortes quebras na Suécia e na Alemanha, de acordo com os dados citados pela Reuters.
No mercado cambial, o euro aprecia-se 0,12% contra a par norte-americana, para 1,1362 dólares, e desvaloriza 0,05% contra a par britânica, para 0,898 libras esterlinas.
(Notícia atualizada às 17h05)
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