Para a Google, o futuro das pesquisas com as novas regras de direitos de autor é… vazio
O artigo 11 da diretiva europeia para os direitos de autor prevê que os motores de busca terão de pagar às publicações para mostrar excertos e conteúdos dos artigos nos resultados.
Como será a navegação na Internet com as novas regras europeias relativas aos direitos de autor? Para a Google, o futuro parece bastante vazio. A gigante tecnológica já tinha demonstrado a sua posição contra as novas diretivas para o conteúdo online, e lançou agora alguns screenshots, para demonstrar como poderão ser as pesquisas.
A Google está assim a testar “qual seria o impacto da proposta de Diretiva de Direitos de Autor da UE para os nossos utilizadores e publicações parceiras “, segundo explicou ao Search Engine Land (acesso livre/conteúdo em inglês). Uma das principais diferenças será a forma como os resultados aparecem depois de procurar algo, no exemplo do teste da tecnológica, as notícias mais recentes.
Os artigos mais problemáticos são o 11 e o 13. Segundo o artigo 11, motores de busca como a Google e o Bing terão de pagar por mostrar pequenos excertos e conteúdos das notícias. A alternativa ao pagamento é não colocar esses elementos na página, de maneira a que os utilizadores apenas poderão ver o artigo total no site original.
Foi em setembro do ano passado que o Parlamento Europeu aprovou as novas regras de proteção dos direitos de autor, e a altura de implementação está a aproximar-se, sendo que deverá acontecer no final de janeiro. Já num artigo no blog da tecnológica, em dezembro, o vice-presidente do Google News reiterou que as novas regras são “más para as pequenas publicações, para os consumidores europeus, e para os serviços online”.
Richard Gingras aponta que a forma como foram formuladas as novas regras pode prejudicar os meios mais pequenos, já que os motores de busca terão de escolher as publicações com quem fazer acordos comerciais, que permitem mostrar excertos de artigos e pré-visualizações dos conteúdos.
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