CMVM recusa KPMG para continuar a auditar o Montepio
A presidente do regulador explicou esta quinta-feira que o processo está fechado, tendo-se mantido a decisão inicial.
A prorrogação do contrato de auditoria à Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) pela consultora KPMG foi recusada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Gabriela Figueiredo, presidente do regulador, anunciou esta quinta-feira que o processo está fechado e, como não foram apresentados novos argumentos, manteve-se a decisão inicial.
“O processo de decisão está concluído após um período de audiência prévia, que abrimos para que o Montepio pudesse trazer novos argumentos. Não foi o caso, portanto a decisão final confirma a primeira decisão“, afirmou Gabriela Figueiredo, num encontro com jornalistas.
No final do ano passado, o jornal Expresso noticiou que Carlos Tavares, presidente da CEMG, tinha pedido à CMVM o prolongamento do prazo do contrato em vigor (que termina este ano) para continuar com a KPMG como auditor. No entanto, a CMVM justificou que não havia razões para tal acontecer e apontou para as novas regras de auditoria em vigor desde 2016, que obriga as empresas a substituírem o auditor caso este esteja em funções há mais de 10 anos.
Nos últimos dois anos, a KPMG deixou alertas em relação ao Montepio. Em relação às contas de 2017 da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), a auditora questionou o valor que a mutualista atribui à posição que detém na CEMG, na ordem dos 2,4 mil milhões de euros brutos.
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