Confiança dos consumidores portugueses diminui pelo terceiro mês consecutivo

A confiança entre os consumidores portugueses continua a diminuir, assim como o clima de confiança na economia. Ambos os indicadores recuaram em janeiro, sendo que a confiança dos consumidores registou uma quebra para o nível mais baixo dos últimos oito meses, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Enquanto o indicador de clima económico cedeu um ponto percentual, “após ter atingido em julho e agosto o valor máximo desde março de 2002”, tendo apenas os serviços registado uma variação positiva, o indicador de confiança dos consumidores prosseguiu “o movimento descendente” observado na maioria dos meses desde junho de 2018. O valor apurado em janeiro (-7,2) foi mesmo o mais baixo em oito meses — o mais baixo da série foi em dezembro de 2012 (-46,8), seguindo o de -6,2 registado em dezembro e os -5,1 de novembro.

Para esta quebra na confiança dos consumidores contribuiu a deterioração das perspetivas dos portugueses quanto à evolução da situação económica do país, que caiu em dezembro e janeiro, depois de ter subido nos três meses anteriores. Além disso, diz o INE, “as perspetivas relativas à situação financeira do agregado familiar agravaram-se nos últimos três meses”. Neste sentido, as “expectativas de realização de compras importantes diminuíram nos últimos quatro meses, de forma mais significativa em dezembro e janeiro”.

Perante este contexto, a poupança parece ter adquirido maior importância. Os consumidores portugueses dizem que a sua capacidade para poupar melhorou e estabilizaram o indicador que diz respeito à possibilidade de continuar a poupar no futuro. “O saldos das apreciações relativas à poupança no momento atual aumentou no primeiro mês do ano, interrompendo o movimento descendente iniciado em junho”, explica o INE.

(Notícia atualizada às 11h05)