Polo norte magnético quase baralhou geolocalização dos smartphones
O norte magnético da Terra está a deslocar-se mais rápido, o que obrigou os cientistas a atualizarem os modelos um ano mais cedo do que o previsto. Evitaram problemas em navios e até nos smartphones.
O polo norte magnético da Terra está a mover-se mais rápido do que o esperado. Mas, para evitar que o fenómeno se tornasse um problema para todos os sistemas de navegação, os cientistas do Centro Nacional de Informação Ambiental dos EUA (NCEI) tiveram de fazer uma atualização ao modelos que os suportam… um ano mais cedo do que o previsto.
O norte magnético tem um papel fundamental no funcionamento de tecnologias como o GPS, que está integrada nos nossos telemóveis. Mas é mais crítico, por exemplo, nos instrumentos de navegação marítima. Foi por isso que os especialistas viram-se obrigados a atualizar o Modelo Magnético do Mundo mais cedo, que é uma espécie de convenção importante para o funcionamento de quase todos os equipamentos que usem uma bússola — desde um mero smartphone até um navio ou mesmo um avião.
O documento mostra que o polo magnético está a mover-se a 54 km por ano do Canadá para a Rússia, mais precisamente para a Sibéria, uma evolução bastante mais rápida do que os 14 km anuais registados em 2000, de acordo com o Engadget (acesso livre/conteúdo em inglês).
Segundo o jornal, o fenómeno é atribuído a turbulências no núcleo da Terra, provocando variações que são imprevisíveis. As alterações introduzidas pelos cientistas deverão ser impercetíveis aos olhos dos milhares de milhões de utilizadores de smartphones — até porque, apesar de recorrer a estas informações, o GPS usa principalmente a posição de satélites em órbita.
No entanto, vai permitir evitar que o sistema forneça informação errada em situações mais sensíveis. É o caso das expedições científicas aos polos terrestres, onde este tipo de imprecisões seria muito mais percetível.
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