Portugal consegue juro menos negativo para emitir dívida a três meses
O IGCP realizou, esta quarta-feira, um novo leilão de Bilhetes do Tesouro. Apesar da forte procura, o montante colocado foi de apenas mil milhões de euros, ou seja, o mínimo do objetivo definido.
Portugal voltou a conseguir juros mais baixos para emitir dívida a 11 meses, mas a yield foi menos negativa no prazo mais curto (três meses). A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP realizou, esta quarta-feira, um leilão de Bilhetes do Tesouro (BT) em que colocou um total de mil milhões de euros. Apesar da forte procura, foi emitido o montante mínimo do intervalo indicativo, que tinha margem para ir até aos 1.250 milhões de euros.
No prazo mais longo, o IGCP emitiu 850 milhões de euros em BT que vence em maio de 2019. Neste caso a yield foi negativa em 0,363%. O último leilão comparável aconteceu a 17 de outubro do ano passado, quando Portugal colocou 250 milhões de euros com juro de -0,27%.
Já na maturidade mais curta, o Tesouro colocou 150 milhões de euros em BT com maturidade em janeiro de 2020, tendo conseguido um juro negativo de 0,389%. Na colocação anterior, o Tesouro tinha colocado mil milhões de euros a um juro de -0,426%.
A procura manteve-se robusta, a confirmar o forte interesse em Portugal demonstrado por vários institucionais nas últimas semanas. A procura por BT a 11 meses superou a oferta em 2,34 vezes, o que compara com 1,5 no último leilão comparável. No caso das BT a 3 meses, a procura foi 6,03 vezes superior à oferta, face às 3,1 vezes conseguidas na última emissão de títulos com esta maturidade.
Portugal tem beneficiado da tendência de queda nos juros das dívidas soberanas da Zona Euro, bem como do interesse de vários investidores institucionais no país. Nas Obrigações do Tesouro, a yield das Obrigações a 10 anos atingiu esta terça-feira mesmo mínimos históricos, ao tocar os 1,495%, em mercado secundário. Esta quarta-feira, negoceiam nos 1,52%.
(Notícia atualizada às 10h50)
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