Economista do CFP vê 55% de risco de Portugal entrar em recessão nos próximos cinco anos
O economista sublinhou que a recente trajetória do PIB “é de acentuada divergência”, alertando para a falta de melhorias significativas na produtividade entre 2000 e 2017.
A recuperação económica de Portugal após a crise tem sido insuficiente, colocando o país atrás de outros Estados da Europa, segundo defendeu Miguel St. Aubyn, vogal executivo do Conselho de Finanças Públicas (CFP), segundo noticia, esta quinta-feira, o Jornal Económico (acesso livre). Apesar de ver uma baixa probabilidade de recessão nos próximos 12 meses, o risco é maior a médio prazo.
“A probabilidade de Portugal estar em recessão num ano é de cerca de 15% e a probabilidade de entrar em recessão a qualquer momento durante um período de cinco anos é de aproximadamente 55%”, afirmou St. Aubyn, no debate “Open Days PME Connect”, esta quarta-feira.
O economista sublinhou que a recente trajetória do PIB “é de acentuada divergência”, alertando para a falta de melhorias significativas na produtividade entre 2000 e 2017. Apesar de ver alguma evolução positiva graças a medidas de consolidação das contas públicas (nomeadamente o congelamento de salários e o aumento de impostos), apontou para o menor investimento e capital físico, de acordo com o Jornal Económico.
No mesmo evento, o ex-ministro das Obras Públicas socialista, António Mendonça, concordou e antecipou que Portugal vá mostrar “incapacidade de ter dinâmicas para ultrapassar” a desaceleração económica. Paulo Caldas, diretor de economia, financiamento e inovação da Associação Industrial Portuguesa/Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI) acrescentou que “medidas e projetos de sinergia e interligação de esforços” poderão reforçar o peso das exportações na economia até aos 70% do PIB na próxima década.
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