Obras da ala pediátrica do São João começam no final do ano, reafirma ministra
A ministra da Saúde, Marta Temido, diz estar a tentar dar "passos seguros" para não pôr em causa o futuro. Reforçou que as obras no hospital de São João começam no fim deste ano ou início do próximo.
A ministra da Saúde, Marta Temido, reafirmou esta sexta-feira que as obras da nova ala pediátrica do hospital de São João, no Porto, começam no final deste ano ou início do próximo.
“O Governo, este Governo, já canalizou para o hospital 23 milhões de euros, 19 milhões de euros são para o pagamento da obra e três milhões de euros são para o capital estatutário”, disse no final de uma reunião com as várias entidades envolvidas no processo. A governante frisou que há verba e há um projeto quase concluído, logo não tarda para a obra ser lançada.
Além disso, Marta Temido estimou que as crianças com doenças oncológicas sejam realojadas para uma área do edifico principal do São João a partir de abril ou maio, até à conclusão da obra da nova ala pediátrica. Contudo, a titularidade da obra pertence à Associação O Joãozinho, cujo presidente garantiu à saída do encontro que não irá abdicar dela por estar “farto” das promessas do Governo.
“Passos seguros” para não pôr em causa futuro
A ministra da Saúde disse esta sexta-feira que o seu ministério tem sido foco de “muita reivindicação e discussão”, mas garantiu estar a “fazer o melhor possível” para dar passos seguros e não pôr em causa o futuro das pessoas.
“Eu sei que o Ministério da Saúde tem sido foco de muita discussão e reivindicação, mas também sei que os profissionais sabem que o Ministério da Saúde está a fazer o melhor possível por dar passos seguros, que podem parecer pequenos, mas que não ponham em causa o futuro de todos nós e, isso, vai ser reconhecido”, afirmou Marta Temido.
A governante falava no final de uma reunião entre as várias entidades envolvidas no processo de construção da ala pediátrica do Centro Hospitalar de São João, no Porto, a funcionar em contentores há cerca de 10 anos.
Depois de anunciar esta sexta-feira o reatar das negociações com as estruturas sindicais dos enfermeiros, Marta Temido explicou que o Ministério da Saúde está disponível para reunir com todos os sindicatos que assim o queiram.
“Há três mesas sindicais com quem temos trabalhado, uma que envolve a FENSE [Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros] e com a qual estamos a tentar fechar o acordo coletivo de trabalho, o que não deve demorar muito. Há depois reuniões com a ASPE [Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros] e o Sindepor [Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal] que envolvem um protocolo negocial que está a ser ultimado”, adiantou.
E, depois, acrescentou a ministra, há questões a discutir com a CNESE [Comissão Negociadora Sindical dos Enfermeiros], que integra o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) e o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira (SERAM), nomeadamente sobre descongelamentos, reconhecimento dos especialistas ou recrutamento. “Tenho a convicção que os profissionais de enfermagem saberão reconhecer os esforços que o Governo tem feito para se aproximar”, vincou.
Presidente do Sindicato Democrático terminou greve de fome
O presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) disse à agência Lusa que terminou esta sexta-feira ao final da manhã a greve de fome que iniciou na quarta-feira, depois de receber um telefonema da ministra da Saúde. Referindo que a ministra Marta Temido garantiu que as negociações com os enfermeiros serão retomadas, Carlos Ramalho disse que “é isso que os enfermeiros pretendem”.
“Agora vou partir para as negociações de boa fé, mas com certeza que a luta vai continuar“, disse o dirigente sindical, admitindo a marcação de novas iniciativas e lembrando que se mantém a atual greve de enfermeiros até 28 de fevereiro. Carlos Ramalho esteve em greve de fome em frente à residência oficial do Presidente da República.
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