CTT vão enviar “dinheiro” para a sua caixa do correio. É para vender certificados
Os CTT e o IGCP lançaram uma nova campanha de promoção dos certificados, que prevê o envio de folhetos informativos para quatro milhões de casas. Promovem o "Rendimento e segurança" destes produtos.
Os CTT e o IGCP querem incentivar os portugueses a investirem nos produtos de dívida pública. Para isso, lançaram uma nova campanha promocional assente no envio “notas” para quatro milhões de casas, onde promovem as virtudes de investir nos produtos de poupança do Estado.
A empresa liderada por Francisco de Lacerda explica que se trata de “uma iniciativa que pretende recordar aos portugueses a rentabilidade e a segurança do investimento em dívida pública à venda nas lojas da empresa“, e cativar o respetivo interesse para os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC) e em certificados de aforro.
Para chamar à atenção dos aforradores, a campanha assenta em “criar um efeito muito visual nas caixas de correio”, como explicam os CTT. Objetivo que é conseguido com o efeito visual do folheto informativo que simula “notas” de euro penduradas no exterior das caixas do correio.
A campanha que agora arranca representa a segunda fase de uma ação iniciada em dezembro pelos CTT e pelo Estado com vista a promover os produtos de poupança públicos. A promoção do investimento em certificados acontece num ano em que o Estado prevê uma procura líquida negativa pelos certificados na ordem dos mil milhões de euros, com as Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV) a compensarem essa perda de investimento.
A previsível diminuição das aplicações em certificados insere-se num contexto em que começam a vencer os primeiros investimentos em Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM). Este produto tem um prazo máximo de cinco anos, sendo que as primeiras aplicações realizaram-se há pouco mais de cinco anos. O efeito do resgate das primeiras aplicações nesse produto foram visíveis em novembro, mês em que o investimento em certificados do Tesouro registaram a primeira saída líquida de dinheiro em cinco anos.
Para os CTT, as aplicações em certificados do Estado representam uma fonte de receita, já que consoante o produto em causa — certificados de aforro, CTPM e CTPC — recebem comissões pelas subscrições ou pelos saldos aplicados pelos aforradores.
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