EDP Renováveis lucra mais de 300 milhões. Dividendo sobe
A empresa liderada por Manso Neto aumentou os resultados líquidos. E tal como no ano passado, vai também elevar a remuneração aos acionistas em um cêntimos, para sete cêntimos.
A EDP Renováveis lucrou mais. Num ano em que as receitas até caíram, a empresa liderada por Manso Neto apresentou um resultado líquido de mais de 300 milhões de euros. Este crescimento vai ser partilhado com os acionistas, sendo a EDP o principal, através do aumento dos dividendos. Valor a pagar sobe para sete cêntimos.
“O resultado líquido totalizou 313 milhões de euros (contra 276 milhões no período homólogo)”, refere a EDP Renováveis em comunicado enviado à CMVM. O EBITDA totalizou 1.300 milhões de euros, uma quebra de 5% face a 2017 “devido ao impacto de descontinuidades nas receitas, cambial e menores recursos eólicos”. E as receitas também encolheram.
“Em resultado da maior produção (+3% face a 2017), menor preço realizado (-9%), fatores cambiais (-46 milhões face a 2017) e o termo esperado de PTCs (após 10 anos) em algumas estruturas de Tax equity (-51 milhões), as receitas totalizaram 1.697 milhões (uma quebra de 7%)”, refere a empresa, salientando que os custos operacionais cresceram 6% para 589 milhões.
"Estamos empenhados em continuar a fazer crescer a empresa através de modelos de gestão eficientes e da limitação de riscos, bem como da diversificação da nossa capacidade de gerar valor através dos mercados e da tecnologia.”
A explicar o crescimento dos resultados líquidos estiveram, então, os resultados financeiros que caíram para 220 milhões (contra 302 milhões em 2017, “beneficiando da evolução estável dos e juros financeiros líquidos (139 milhões), juntamente com custos de parcerias institucionais mais baixos e os ganhos derivados da estratégia de sell down de participações em projetos de offshore (87 milhões)”.
“Os resultados apresentados hoje, que incluem um crescimento dos lucros líquido de 14%, refletem a sólida gestão financeira da empresa, que beneficiou de um desempenho interanual estável dos custos de juros líquidos, de uma redução das despesas com parcerias institucionais e lucros da alienação de participações em projetos offshore“, refere Manso Neto.
Com estes resultados, e apesar dos investimentos terem elevado a dívida da empresa liderada por Manso Neto para os 3.060 milhões de euros, o conselho de administração revela que “irá propor, em assembleia geral de acionistas, uma distribuição de dividendos de 61,1 milhões”, diz a EDP Renováveis. Este valor equivale a sete cêntimos por ação, mais um que o pago em 2018 com base nas contas de 2017.
A EDP Renováveis vai dar dividendos, mas vai também continuar a investir para crescer, numa altura em que está a ser alvo da OPA da China Three Gorges. “Estamos empenhados em continuar a fazer crescer a empresa através de modelos de gestão eficientes e da limitação de riscos, bem como da diversificação da nossa capacidade de gerar valor através dos mercados e da tecnologia”, diz Manso Neto.
(Notícia atualizada às 7h22 com declarações de Manso Neto)
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