Altice Portugal tem “mecanismos internos” para combater “fake news”
"Temos os nossos próprios mecanismos internos para garantir que esse flagelo das 'fake news' não prolifera, pelo menos com a nossa complacência", afirma o presidente executivo da Altice Portugal.
O presidente executivo da Altice Portugal mostrou estar preocupado com as “fake news”, adiantando que pretende “dinamizar” a parceria com o Polígrafo e que a empresa tem “mecanismos internos” para garantir que o fenómeno não prolifera. Questionado sobre o fenómeno de notícias falseadas, Alexandre Fonseca disse que o assunto “é um ponto de preocupação enquanto gestor, mas também enquanto cidadão”.
Nesse sentido, apontou que a Altice Portugal, dona da Meo e do Sapo, já trabalha “nalguns quadrantes” nesta matéria, recordando o anúncio feito na última edição da Web Summit de uma parceria com o Polígrafo, “um site que se assume como um primeiro passo para garantir a credibilidade ou não de algumas notícias que são veiculadas”.
“Este é um passo, temos esta parceria estabelecida, queremos dinamizar essa parceria”, sublinhou, em entrevista à Lusa, Alexandre Fonseca. “Além disso, obviamente que temos também os nossos próprios mecanismos internos de garantir que esse flagelo das ‘fake news’ não prolifera, pelo menos com a nossa complacência”, apontou o gestor.
O presidente executivo da Altice Portugal sublinhou que a própria dona da Meo já foi alvo de “fake news'” apontando o exemplo do alegado interesse do grupo em vender os ativos no mercado português. “De facto, nós também somos alvo dessas ‘fake news'”, um fenómeno que é disseminado através da tecnologia.
E na relação da tecnologia com os media, Alexandre Fonseca defendeu mais uma vez a convergência entre as telecomunicações e os conteúdos, agora como forma de reforçar o combate às “fake news”. “Mais um exemplo de como a fusão forte e um trabalho conjunto entre tecnologia, telecomunicações e media poderia claramente trabalhar no sentido de garantir este tipo de mecanismos”, salientou Alexandre Fonseca.
“Isso é válido nas ‘fake news’, é válido na pirataria dos conteúdos televisivos premium, é válido num conjunto de áreas, em que hoje estamos a falar de distribuidores como nós, e de produtores de conteúdos, em que todos perdemos”, rematou o gestor.
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