Depois da CUF, Luz Saúde também já não vai suspender acordos com ADSE
O grupo Luz Saúde voltou atrás na intenção de suspender os acordos de convenção com a ADSE. Os beneficiários vão poder fazer marcações sem restrições de data.
Depois do grupo José de Mello Saúde, a Luz Saúde também desistiu de romper os acordos de convenção com a ADSE a partir do próximo mês, decisão que tinham anunciado em fevereiro. Assim, os beneficiários do subsistema de saúde dos funcionários públicos continuam a ter acesso aos hospitais e clínicas deste prestador, e podem marcar consultas para qualquer data.
“Face à vontade expressa pelo Conselho Diretivo da ADSE, que se perceciona como genuína, para reiniciar negociações com a Luz Saúde com vista à reformulação das convenções, a Comissão Executiva do Grupo Luz Saúde decidiu retomar as marcações, sem restrições de datas, dos serviços prestados ao abrigo das convenções celebradas com a ADSE, enquanto estiver a decorrer o período de negociações”, dizem em comunicado aos beneficiários.
A ADSE tem estado em conversações com os privados, e é a expectativa de assinar “num curto espaço de tempo” um Memorando de Entendimento o que motiva o recuo da Luz Saúde. Este Memorando vai regular o processo de negociação e prevê que a ADSE apresente uma proposta de nova tabela até meados de abril. Já a José de Mello Saúde, na quarta-feira, tinha indicado até que será ainda neste mês que a ADSE vai apresentar a proposta de preços para o regime convencionado, “para entrar em vigor até ao final de junho”.
O grupo liderado por Isabel Vaz informa também os beneficiários que as marcações já efetuadas para depois de 15 de abril vão ser realizadas ao abrigo do regime convencionado. De acordo com as informações recolhidas pelo ECO, a Luz Saúde tem cerca de 250 mil utentes com ADSE, que pagam quatro euros de co-pagamento numa consulta de pouco mais de 18 euros (o restante é pago pela ADSE).
A intenção de alguns grupos privados, como a José de Mello Saúde, a Luz Saúde e os Lusíadas, de suspender as convenções com a ADSE, surgiu depois de a entidade exigir aos prestadores a devolução de 38 milhões de euros por excesso de faturação em 2015 e 2016. Esta exigência agravou as relações entre as duas partes, que já estavam em discordância em relação ao modelo regularizações.
(Notícia atualizada às 13h30)
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