António Costa quer Portugal a crescer acima da UE “pelo menos por uma década”
O primeiro-ministro defende que para Portugal continuar a crescer acima da UE é necessário dar continuidade às políticas implementadas há três anos.
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou este sábado ter a ambição de Portugal a crescer acima da União Europeia (UE) “pelo menos por uma década”, defendendo a continuidade da política que levou muitos a anunciar que “o diabo vem aí”.
“Queremos, pelo menos por uma década, continuar sustentadamente a crescer acima da UE e para isso temos de dar continuidade a esta política. Há três anos, foi o PS que disse que era possível estar na Europa e na Zona Euro e romper com a austeridade, apostando no emprego como a grande prioridade da política económica”, afirmou António Costa, num discurso para militantes socialistas em Matosinhos, distrito do Porto, antes de um almoço com a presença do cabeça-de-lista do PS para as eleições Europeias, Pedro Marques.
O líder socialista afirmou que “é preciso ter a memória bem viva” quando o PS disse que “era possível” romper com a austeridade: “Houve quem dissesse que não, que o diabo vinha aí e que não seria possível alcançarmos o que já alcançámos para Portugal”.
“Temos de dar força a esta mudança iniciada há três anos em Portugal [altura em que o Governo socialista tomou posse]. Pela primeira vez desde que aderimos ao euro, tivemos em 2017, em 2018 e estamos a ter em 2019, um crescimento superior à média europeia”, destacou o secretário-geral. “A nossa ambição continua”, frisou.
Costa afirmou que, “há três anos, uns diziam: ‘Para romper com a austeridade temos de sair da zona euro’, ao passo que outros defendiam que, ‘se queremos manter-nos na zona euro, temos de continuar subjugados à austeridade’”. “Foi o PS que disse não, que é possível estar na Europa, e na zona euro e romper com a austeridade”, vincou.
"Temos de dar força a esta mudança iniciada há três anos em Portugal. Pela primeira vez desde que aderimos ao euro, tivemos em 2017, em 2018 e estamos a ter em 2019, um crescimento superior à média europeia.”
Costa afirmou que hoje, “desde o FMI [Fundo Monetário Internacional] às agências de ‘rating’, à Comissão Europeia e até alguma direita dizem que Portugal é grande exemplo de sucesso”. “Até acham que o sucesso é tanto que até devíamos ir mais longe do que nos comprometemos”, observou.
Ao falar nas listas do PS às europeias, Costa defendeu a necessidade de “erradicar a desigualdade mais profunda, que é a desigualdade de género”. “Tem de acabar e vai começar também a acabar nestas eleições”, disse, explicando que a lista é “totalmente paritária”, não apenas por ser composta “em metade por mulheres e em metade por homens”. “Vai intercalando sistematicamente homens e mulheres para garantir que a paridade existe também na eleição”, explicou.
Costa apelou ainda para uma “grande mobilização” nesta campanha. “Para que estas europeias não sejam as eleições em que os outros ganham à custa da abstenção, mas em que o PS ganha à custa da votação dos portugueses na lista do PS”, justificou.
O secretário-geral socialista falou ainda para quem acha que “as Europeias não têm a ver com o nosso dia a dia” ou “que somos um país médio que conta pouco”. “Estão enganados. Não é por acaso que este país teve sempre presidências marcantes, que tem conseguido ter portugueses nas mais altas funções, como é o caso do ministro das Finanças na presidência do Eurogrupo”, descreveu.
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