Passageiros revoltam-se com falta de barcos no Barreiro
Ânimos exaltados esta manhã no terminal fluvial do Barreiro. Supressão de várias embarcações levam à revolta dos passageiros que estiveram quase três horas a aguardar pela travessia.
A supressão de vários barcos na ligação entre o Barreiro e Lisboa levou esta manhã à revolta dos passageiros que aguardaram desde as 9h40 para fazer a travessia até cerca do meio dia para fazer a travessia. A notícia é avançada pela TSF, que cita Ana Avoila, líder da Frente Comum, e fala da tentativa de invasão da sala de embarque do terminal por parte dos passageiros.
Ana Avoila diz que se encontra no terminal do Barreiro “para passar para Lisboa desde as 9h40” e descreve um cenário de “vidros partidos”, num local onde está já a Polícia Marítima. “Isto é o serviço público dos transportes aqui deste lado desde há uns meses. O primeiro-ministro sabe e o conselho de administração da Soflusa sabe que há insuficiência de mestres”, disse em declarações à TSF.
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Em declarações à Lusa, Ana Avoila explicou que a situação “foi mais grave [esta sexta-feira], porque houve um comunicado da administração a dizer quais as carreiras que eram suprimidas por insuficiências de mestres, mas houve mais carreiras suprimidas além das anunciadas”.
As ligações fluviais entre o Barreiro e Lisboa, que são frequentadas diariamente por cerca de 30 mil pessoas, têm registado frequentes perturbações devido à falta de mestres. As sucessivas greves, mas também o aumento do número de passageiros, motivado pela redução do preço dos passes sociais, a partir de 1 de abril, não serão alheios às dificuldades acrescidas que se sentem nas ligações entre o Barreiro e o Terreiro do Paço.
De acordo com o representante dos utentes, citado pela Lusa, a empresa precisaria de 21 mestres para movimentar os navios, mas atualmente tem 16 e também os mestres e marinheiros estão a chegar a um limite, devido às horas extraordinárias que têm feito nos últimos meses.
A situação é igualmente reportada pelo jornal Diário do Distrito, que explica que além das supressões que vêm sendo habituais devido à falta de mestres, a Soflusa procedeu esta sexta-feira a supressões adicionais. O mesmo deverá acontecer amanhã, sábado. A informação sobre os barcos suprimidos está ainda disponível no site da empresa.
O incidente acontece no mesmo dia em que o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, pediu desculpa aos utentes pelas constantes perturbações nos serviços de transportes públicos.
[Notícia atualizada às 13H57 com novas declarações de Ana Avoila e da Comissão de Utentes da Soflusa]
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