‘Oops, he did it again’: Farage e Brexit Party vencem europeias no Reino Unido

  • Bernardo da Mata, em Londres
  • 26 Maio 2019

O recém-criado Brexit Party, liderado por Nigel Farage, ganhou as europeias no Reino Unido, com mais de 31% dos votos. Os conservadores e trabalhistas são os grandes derrotados.

Depois do terramoto político do anúncio da resignação de Teresa May agendada para 7 de junho, o que deram os resultados das europeias, que poucos quiseram, mas todos disputaram? As sondagens à boca de urna apontam para uma vitória expressiva do recentíssimo Brexit Party, liderado pelo eurocético veterano Nigel Farage, arrecadando 31,6% dos votos. A vitória de Farage e do seu Partido recém-nascido reproduz com mais força ainda a vitória obtida pelo UKIP em 2014, à data liderado também pelo rosto da campanha pela saída do Reino Unido da União Europeia, com 27%.

A grande surpresa da noite será no entanto a conquista do segundo lugar por parte do Liberais Democratas, capitaneados por Sir Vince Cable, antigo secretário de estado do Comércio e Indústria no governo de coligação de Cameron com 18,9% dos votos. Embora Cable já tenha anunciado que estará de liderança do partido muito brevemente, este é um dos melhores resultados do partido em eleições europeias, cujo mérito se deveu em grande parte à defesa intransigente e inequívoca da permanência do país na União Europeia mediante a realização de um segundo referendo.

Embora com um resultado sólido, os liberais-democratas não excluem uma futura cooperação com o Change UK (formado pelos dissidentes conservadores e trabalhistas que defendem a realização de um segundo referendo).

Os dois grandes partidos tradicionais que compuseram o bipartidarismo clássico dos últimos cem anos, Conservadores e Trabalhistas, foram os grandes perdedores. Os Conservadores ficaram em quarto lugar com 12,4% dos votos, reflexo da grande divisão e controvérsia que o Brexit tem gerado no partido nos últimos três anos e da liderança errante de May que chegara a um fim esta sexta-feira. Os Trabalhistas e o seu posicionamento ambíguo face a um segundo referendo (muito em parte devido também pela enorme divisão que o tema suscita nas hostes do partido) resultaram num terceiro lugar sem brio, situados nos 16% dos votos.

Não há surpresas quanto ao significado destas últimas eleições europeias no Reino Unido, antes da sua saída da União prevista para o dia 31 de outubro. A sociedade britânica permanece tão dividida sobre o tópico como em 2016, não deixando a posição maioritária de ser favorável à saída. Não obstante a presente questão sobre quem sucederá a Theresa May nos finais de julho como primeira-ministra, espera-se que a liderança dos conservadores se dispute essencialmente entre Boris Johnson, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de May e rosto controverso da campanha pela saída durante o referendo de 2016, e Michael Gove, outro proeminente ‘brexiteer’.

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Marques Mendes: “PS tem uma vitória acima do poucochinho de há 5 anos”

“Não é retumbante, mas o PS tem uma vitória acima do poucochinho de há cinco anos”. Foi assim que Marques Mendes reagiu aos primeiros resultados das projeções que dão uma vitória clara ao PS.

O PS deverá ter ganho as eleições europeias com 30 a 34% dos votos, o que dá aos socialistas oito a nove mandatos no Parlamento Europeu, indica a sondagem da RTP. O PSD fica em segundo lugar com 20 a 24% dos votos, o que dá cinco a seis eurodeputados. A sondagem da SIC também dá ao PS a vitória com 30,9% a 34,9% e o PSD fica pelos 21,8% a 25,8%.

“A distância é significativa face ao segundo lugar. É sobretudo uma vitória de António Costa, apesar do erro de casting da escolha de Pedro Marques”, que foi o cabeça de lista do PS.

A expressão “poucochinho” entrou para o léxico político em 2014, quando o PS de António José Seguro ganhou as eleições europeias com 31,46%, uma fasquia que António Costa na altura qualificou de “poucochinho”.

As sondagens que foram sendo feitas durante a campanha para as eleições davam a vitória ao PS. O ECO está a seguir a par e passo as eleições para o Parlamento Europeu que pode seguir aqui.

O Bloco de Esquerda terá entre 9 a 12% (dois a três mandatos), a CDU entre 7 a 9% (dois mandatos) e o CDS 5 a 7% (um ou dois mandatos). O PAN deverá conseguir eleger um deputado, pela primeira vez, indica a sondagem da estação pública.

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Participação na União Europeia é a maior em 20 anos

  • Lusa
  • 26 Maio 2019

As primeiras projeções apontam para que a participação nestas eleições europeias, sem os valores do Reino Unido, terá ficado próxima dos 51%.

A participação nas eleições europeias, que decorreram entre quinta-feira e este domingo, foi a maior dos últimos 20 anos, indicou o porta-voz do Parlamento Europeu (PE).

“As primeiras estimativas indicam que a participação nestas eleições é a mais alta dos últimos 20 anos. Representa o primeiro aumento de participação em relação a escrutínios anteriores”, avançou Jaume Duch.

O porta-voz da assembleia europeia esclareceu que, segundo os cálculos do PE, a participação no conjunto dos Estados-membros, com exceção do Reino Unido, terá ficado próxima dos 51%. Contabilizando aquele Estado-membro, esta taxa poderá ficar entre os 49% e os 52%.

Portugal contraria esta tendência, com as projeções televisivas a apontarem para uma abstenção entre 65% e 70,5%, provavelmente a mais elevada de sempre.

A taxa de participação nas anteriores eleições, em 2014, foi de 42,54%, ligeiramente abaixo do valor de 2009 (43%). Entre 1979 e 1994, a participação superou sempre os 50%, mas desde 1999 que a taxa tem vindo a cair.

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PS vence eleições europeias

Resultados oficiais confirmam sondagens. PS acima de 33% e PSD pode ficar a 10 pontos. Bloco de Esquerda sobe a terceira posição.

Os resultados provisórios oficiais das eleições para o Parlamento Europeu dão a vitória ao PS, confirmando as sondagens avançadas pelas televisões às 20 horas. Quando faltam conhecer os votos apenas dos consulados, o PS vai à frente com 33,39% dos votos, perto do intervalo superior das projeções.

O PSD tem 21,94%, o Bloco de Esquerda já conta com 9,82% dos votos, a CDU garante 6,88%, o CDS 6,19% e o PAN 5,08%.

Os resultados estão a ser atualizados pelos serviços do Ministério da Administração Interna. Às 12:18 de segunda-feira, os dados atribuem sete eurodeputados ao PS, quatro ao PSD, dois ao Bloco de Esquerda, um ao PCP, um ao CDS e um ao PAN.

O PS deverá ter ganho as eleições europeias com 30% a 34% dos votos, o que dá aos socialistas oito a nove mandatos no Parlamento Europeu, indica a sondagem da RTP. O PSD fica em segundo lugar com 20 a 24% dos votos, o que dá cinco a seis eurodeputados. A sondagem da SIC também dá ao PS a vitória com 30,9% a 34,9%, com o mesmo número de deputados atribuídos pelas sondagens da estação pública, e o PSD fica pelos 21,8% a 25,8%, acertando também em cheio com o mesmo número de eurodeputados.

Com este resultado, é a quarta vez que nas eleições europeias vence o partido que está no poder. A primeira vez foi em 1987, com Cavaco Silva, feito que repetiu em 1989. Esta coincidência repetiu-se em 1999, quando António Guterres venceu as europeias em 1999.

Os analistas políticos costumam dizer que as europeias servem para penalizar os governos. Mas às oitavas eleições para o Parlamento Europeu já há um empate: em quatro delas ganhou o partido no poder, em quatro delas o partido no poder perdeu.

As sondagens que foram sendo feitas durante a campanha para as eleições davam a vitória ao PS. O ECO está a seguir a par e passo as eleições para o Parlamento Europeu que pode seguir aqui.

O Bloco de Esquerda terá entre 9 a 12% (dois a três mandatos), a CDU entre 7 a 9% (dois mandatos) e o CDS 5 a 7% (um ou dois mandatos). O PAN deverá conseguir eleger um deputado, pela primeira vez, indica a sondagem da estação pública.

A sondagem da SIC também dá ao Bloco de Esquerda a terceira posição com a percentagem de votos a variar entre 8,5% e 11,5% (dois a três lugares). A CDU fica com 5,3% a 8,3% (um ou dois). O PAN aparece lado a lado com o CDS. Ambos entre 4,7% e 7,3%, sentando em Estrasburgo um ou dois eurodeputados. Embora haja diferenças nas percentagens de votos nos três últimos classificados, as sondagens indicam para já que o número de eurodeputados eleitos pode ser o mesmo.

Como foi há cinco anos

Nas últimas eleições, em 2014, o PS venceu as eleições europeias com 31,46% dos votos, o que correspondeu a oito eurodeputados. Em segundo lugar, ficou a coligação PSD/CDS, com 27,71%, o equivalente a sete eurodeputados.

O PCP ficou na terceira posição com 12,68% (três eurodeputados), o MPT de Marinho e Pinto conseguiu 7,14% dos votos com dois eurodeputados e o Bloco de Esquerda ficou-se pelas 4,56% dos votos, o equivalente a um eurodeputado.

As tendências da noite

A confirmarem-se as sondagens avançadas pelas duas estações de televisão, o PS vence as eleições com uma distância significativa face ao PSD de Rui Rio. Outra das tendências já possíveis de verificar é a subida do Bloco de Esquerda de Catarina Martins ao terceiro lugar, depois de em 2014 ter ficado em último, atrás do PCP de Jerónimo de Sousa.

Além disso, o PAN vê confirmada a sua influência como força política junto dos eleitores portugueses. Em 2015, chegou ao Parlamento português elegendo o primeiro deputado e agora parece confirmar a sua posição também no Parlamento Europeu.

Quanto ao PSD, as comparações com os resultados nas últimas eleições não são tão fáceis de fazer com precisão, tendo em conta que o PSD concorreu junto com o CDS em 2014, ao passo que agora concorreram separados.

No entanto, na sexta-feira, o último dia de campanha eleitoral, o líder do PSD deixou alguns indicadores importantes para avaliar os resultados desta noite. Defendeu que dos 27,71% obtidos há cinco anos com o CDS, 19% a 20% são do PSD. É portanto com este número que devem comparar as sondagens que dão ao PSD entre 20% a 25,8%. No entanto, vai ser preciso esperar pelos resultados finais para saber fechar a avaliação.

(Notícia atualizada às 12:18 de segunda-feira quando já estão contados os votos de todas as freguesias, ficando a faltar sete consulados num total de 100)

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Partido de Macron vai integrar liberais europeus

  • Lusa
  • 26 Maio 2019

O partido do presidente francês Emmanuel Macron vai juntar-se à família europeia ALDE, a Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa. Os resultados do partido serão assim atribuídos a esse grupo.

A Renascença (Renaissance En Marche), o nome pelo qual o partido do Presidente francês, Emmanuel Macron, fez campanha nestas eleições europeias vai unir-se aos liberais europeus, anunciou este domingo o Parlamento Europeu.

Philipp Schulmeister, responsável pelas projeções do Parlamento Europeu, esclareceu que a Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa (ALDE) solicitou que os resultados do partido do Presidente francês “sejam atribuídos a esse grupo”, assim como da força anticorrupção romena Aliança 2020 USR-PLUS.

“O ALDE pediu igualmente que o nome do grupo seja, a título provisório, ALDE/ Renaissance/ USR+”, acrescentou. Com o anúncio deste domingo termina o ‘suspense’ em torno do “Em Marcha!” de Emmanuel Macron, que concorreu às eleições europeias sob o nome de Renascença.

O Presidente francês ainda não tinha confirmado oficialmente a sua união aos liberais europeus, embora tudo apontasse para que o seu partido integrasse o ALDE.

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Fiat Chrysler irá propor nos próximos dias fusão à Renault

  • Lusa
  • 26 Maio 2019

Fusão entre a Fiat e a Renault implicaria vendas combinadas de 8,72 milhões de veículos, superando os 8,38 milhões da General Motors.

A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) irá propor, nos próximos dias, ao grupo francês Renault a fusão das duas empresas, avança este domingo o jornal japonês “Nikkei”. A proposta de iniciar negociações com vistas à fusão será apresentada “dentro de alguns dias”, disseram várias fontes anónimas da FCA ao jornal.

A notícia do “Nikkei” foi divulgada horas depois de o jornal “The Financial Times” ter noticiado que a FCA e a Renault estão a negociar o fortalecimento dos seus laços com uma possível aliança, em conversas que estão “a avançar”.

Segundo o jornal britânico, a Fiat poderia expandir os seus atuais laços com a Renault e, no futuro, unir-se à aliança que a empresa francesa tem com a japonesa Nissan Motor e a Mitsubishi.

Já o jornal japonês, numa notícia datada de Frankfurt, garante que, para chegar a essa fusão, a FCA pretende manter na mesma situação a aliança que a Renault tem com a Nissan Motor e a Mitsubishi.

Essa aliança foi moldada em 1999 e um de seus arquitetos foi Carlos Ghosn, ex-presidente da Renault, Nissan e Mitsubishi, agora processado pela justiça do Japão por alegadas irregularidades financeiras.

A Renault expressou anteriormente o seu desejo de alcançar uma fusão com a Nissan Motor, mas o novo presidente da empresa, Jean-Dominique Senard, que substituiu Ghosn à frente da empresa francesa, acredita que a ideia não é uma prioridade.

A Nissan Motor, que controla a Mitsubishi, não é favorável a uma fusão com a Renault.

Em 14 de maio, o presidente executivo da Nissan, Hiroto Saikawa, argumentou que uma possível fusão poderia “minar a força da Nissan”.

A Renault, cujo maior acionista é o Estado francês, com 15,1% do capital, possui 43,4% das ações da Nissan Motor. A empresa japonesa tem, por sua vez, 15% do capital francês.

Segundo o “Nikkei”, uma fusão entre a Fiat e a Renault implicaria vendas combinadas de 8,72 milhões de veículos, superando os 8,38 milhões da General Motors, que no ano passado ficou em quarto lugar no ranking mundial.

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7 coisas para saber quem ganha e quem perde as eleições

Portugal escolhe este domingo 21 eurodeputados para o Parlamento Europeu. Logo à noite, com os resultados e as reações, pode seguir estas pistas para perceber quem venceu e quem saiu derrotado.

Quando esta noite as televisões revelarem os resultados das sondagens feitas à boca das urnas, começam a surgir as primeiras reações dos partidos políticos. Mas vai ser preciso esperar mais um pouco para ter os resultados finais das eleições para o Parlamento Europeu. Mas como ter a certeza sobre quem venceu e quem foi derrotado? Há sete coisas a que tem de tomar atenção para não se perder.

É o primeiro indicador para onde olha a maior parte das pessoas quando quer ver quem ganhou e quem perdeu. Quantos votos teve cada partido face ao total de votos? A resposta a esta pergunta permite fazer de imediato um ranking dos partidos mais votados. Nas últimas eleições europeias, a 25 de maio de 2014, o PS foi o partido com mais percentagem de votos com 31,46%, seguido do PSD/CDS que concorreram juntos e obtiveram 27,71% dos votos.

Além da percentagem de votos, existe outro indicador relevante para aferir quem ganha e quem perde: o número de eurodeputados que cada partido consegue eleger. Por exemplo, nas últimas europeias, o PS teve mais 3,75 pontos percentuais na votação, mas só conseguiu eleger mais um eurodeputado do que a coligação PSD/CDS (oito contra sete). No total, Portugal prepara-se para eleger 21 eurodeputados para o Parlamento Europeu, um número igual ao verificado nas eleições de há cinco anos. Nas sete eleições que aconteceram até ao dia de hoje nunca houve um empate no números de eurodeputados eleitos entre o primeiro e o segundo lugar. Mas noutras posições é possível encontrar empates. Em 2009, por exemplo, o CDS foi o último partido a conseguir eleger deputados para o Parlamento Europeu (dois), com 8,36% dos votos, atrás do PCP que também sentou dois eurodeputados em Estrasburgo, apesar de ter alcançado 10,64%.

Na noite eleitoral também se contam votos em número absoluto para ver quem perde e quem ganha. Nas últimas eleições europeias, o PS teve pouco mais que um milhão de eleitores. E desta vez será relevante avaliar quantos votos cada partido tem até porque tal como em eleições anteriores é esperada uma taxa de abstenção elevada. Nas eleições de há cinco anos, não votaram 66,16% dos eleitores que tinham condições para o fazer –a maior taxa de abstenção de sempre nas europeias.

Nas noites eleitorais é habitual ver partidos que não ganharam, ou até ficaram num dos lugares do fim da tabela, a reclamar vitória por terem conseguido mais votos do que nas eleições anteriores. Assim, é importante ter esta tabela à mão na hora de comparar com os resultados desta noite eleitoral. Qualquer partido pode dizer que aumentou a sua força junto do eleitorado se tiver mais votos mesmo que tenha ficado no fim da tabela. E ao contrário, a um partido pode ser atribuída uma derrota (por ter perdido base de apoio) mesmo que fique nos primeiros lugares da tabela.

Com legislativas daqui a menos de cinco meses, os resultados nos centros urbanos serão um indicador relevante para medir a influência de cada partido nos locais onde há maior concentração de votos. Só no distrito de Lisboa estão quase 2 milhões de eleitores, o distrito que concentra o maior número de votantes. Nas europeias de 2014, os resultados no distrito de Lisboa replicam o alinhamento de votos a nível nacional. Já no distrito de Beja, com muito menos eleitores, foi o PCP que ficou à frente, seguido do PS, PSD/CDS, Bloco de Esquerda e MPT.

As eleições deste domingo não são as primeiras depois das legislativas de 2015, mas antecedem as próximas eleições para a Assembleia da República. E, por isso, apesar de todos os partidos correrem separadamente, não é de estranhar que sejam feitas leituras sobre os votos conseguidos por cada um dos blocos: o da esquerda — que governa Portugal desde 2015, com o PS a beneficiar do apoio parlamentar do Bloco de Esquerda e do PCP — e o da direita que foi derrubado no Parlamento apesar de ter vencido as eleições. Nas eleições autárquicas de 2017, as primeiras no cenário geringonça, o fraco resultado do PCP provocou mal-estar na maioria de esquerda, com os comunistas a sentirem-se hostilizados pelos socialistas.

A comparação com os resultados das últimas eleições legislativas é também uma alternativa para passar a ideia de que ganhou ou acusar um adversário de perder. Nas eleições para a Assembleia da República, em outubro de 2015, a coligação Portugal à Frente, que juntava PSD e CDS, venceu, com o PS a ficar em segundo lugar. Uma inversão nestas posições pode ser o suficiente para o PS reclamar vitória, mesmo que o resultado (ao nível dos outros indicadores) não seja assim tão melhor que nas últimas europeias ou até em anteriores — quando chegou a ter à volta de 1,5 milhões de votos. No caso do PSD/CDS, a comparação com as últimas legislativas é difícil de fazer, já que os dois partidos concorreram juntos nesse ato eleitoral. E agora vão separados.

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Se o mundo vivesse como os portugueses os recursos naturais acabavam hoje

  • Lusa
  • 26 Maio 2019

Na União Europeia a Estónia e a Dinamarca já esgotaram os recursos em março passado. Em abril foram mais uma dezena de países e ao longo deste mês uma dúzia foram “esgotando” os recursos da Terra.

Os recursos naturais da Terra chegavam este domingo ao fim se todas as pessoas do planeta consumissem como os portugueses, segundo um relatório internacional no qual Portugal aparece menos gastador do que a média europeia.

Segundo o relatório, da responsabilidade das organizações ambientalistas internacionais World Wildlife Fund (WWF, Fundo Mundial para a Natureza) e Global Footprint Network, o dia 10 de maio foi a data em que os Europeus viram esgotado o seu orçamento natural anual, se todos consumissem como a média europeia.

Portugal, onde se consome em menos de meio ano o que era suposto dar para todo o ano, não é ainda assim tão gastador como o Luxemburgo, que gastou os recursos todos logo a 16 de fevereiro.

Com base nos padrões de consumo os dados indicam que na União Europeia a Roménia, a Hungria e a Bulgária são os que esgotam os seus recursos mais tarde, ainda que seja já em junho.

Na União Europeia a Estónia e a Dinamarca já esgotaram os recursos em março passado, em abril foram mais uma dezena de países e ao longo deste mês uma dúzia foram “esgotando” os recursos da Terra. A Alemanha logo no dia 03, a França no dia 13, e a Espanha esgota os seus na próxima terça-feira.

No mundo há, no entanto, países muito mais poupados. Se todos vivessem como em Cuba os recursos dariam até 01 de dezembro, em Marrocos dariam até dia 16 de dezembro, e no Nigéria apenas se esgotariam a 25 de dezembro. Já se o planeta fosse todo norte-americano os recursos tinham-se esgotado no dia 15 de março.

As duas organizações lembram que a sociedade mundial subsiste do que a natureza dá, dos alimentos aos medicamentos, das roupas aos materiais de construção, e explicam que se todos tivessem o mesmo estilo de vida dos europeus a humanidade gastava agora todos os recursos que a Terra pode renovar em cada ano.

Tal significa que eram precisos 2,8 planetas para sustentar a procura de recursos naturais que esse estilo de vida exige. E lembram as organizações que no ano passado os recursos só foram esgotados a 01 de agosto, pelo que os europeus estão a acelerar o consumo.

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GNR lança “fiscalização intensiva” a táxis, ubers, transferes e tuk-tuks já esta segunda-feira

  • Lusa
  • 26 Maio 2019

Operação em todo o continente visa “zelar pelo cumprimento da lei e das regras da concorrência relativas à utilização de veículos afetos ao exercício de transporte individual de passageiros"

A GNR inicia na segunda-feira, em todo o país, uma operação de fiscalização “intensiva” aos transportes individuais de passageiros que visa garantir o cumprimento da lei e das regras da concorrência.

A operação, que decorre até domingo, irá fiscalizar o transporte de passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataforma eletrónica (TVDE), ‘Tuk-Tuk’, transferes e táxis, adianta a Guarda Nacional Republicana, em comunicado.

Segundo a GNR, será “uma operação de fiscalização rodoviária intensiva em todo o continente”, que visa “zelar pelo cumprimento da lei e das regras da concorrência relativas à utilização de veículos afetos ao exercício da atividade de transporte individual e remunerado de passageiros”.

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A operação acontece “numa época de franca expansão de diferentes formas e conceitos de transporte, impulsionadas por empresas de táxis, agências de viagens e turismo, empresas de animação turística e, fundamentalmente pela atividade de TVDE, atividade que conta com mais de 4.300 operadores e cerca de 11.400 motoristas”, sublinha o comunicado.

Durante a operação, os militares irão fiscalizar o licenciamento e a certificação dos motoristas e dos seus veículos, além de verificar o cumprimento das normas do Código da Estrada, nomeadamente a utilização do cinto de segurança, o excesso de lotação, uso do telemóvel a conduzir e a condução sob efeito do álcool ou substâncias psicotrópicas.

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Licínio Pina reeleito presidente da Caixa Central de Crédito Agrícola

  • Lusa
  • 26 Maio 2019

A lista encabeçada por Licínio Pina, o atual presidente, era a única concorrente. Lidera a Caixa Central Crédito Agrícola desde 2013.

O presidente da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, Licínio Pina, foi hoje reconduzido no cargo nas eleições dos novos órgãos sociais para o triénio 2019-2021, que decorreram esta manhã, segundo fonte da instituição.

Na assembleia geral ordinária realizada em Lisboa, “foram eleitos os órgãos que estavam a ser propostos e foi aprovado por unanimidade o Relatório de Contas de 2018”, adiantou à Lusa fonte da Caixa Central de Crédito Agrícola.

A lista encabeçada por Licínio Pina, o atual presidente, era a única concorrente. Os atuais órgãos sociais estavam em gestão corrente, uma vez que o mandato da anterior administração, liderada por Licínio Pina, terminou no final de 2018.

Licínio Pina está à frente dos destinos da Caixa Central de Crédito Agrícola, que é responsável pela coordenação e supervisão das 80 Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, desde 2013. O gestor trabalha no banco há mais de 30 anos, sendo o seu lugar de origem a Caixa de Crédito Agrícola da Serra da Estrela.

Além do Conselho de Administração Executivo, foi eleita a mesa da assembleia-geral e o Conselho Geral e de Supervisão.

A lista encabeçada por Licínio Pina, eleito presidente do Conselho de Administração Executivo, contava ainda com Ana Paula Raposo Ramos Freitas, José Fernando Maia Alexandre, Sérgio Manuel Raposo Frade e Sofia Maria Simões dos Santos Machado como vogais.

O Conselho Geral e de Supervisão apresentou cinco candidatos a membros independentes, incluindo António Carlos Custódio de Morais Varela para a presidência, Vasco Manuel da Silva Pereira para a vice-presidência e três vogais: João Luís Correia Duque, Maria Helena Maio Ferreira de Vasconcelos e Vítor Fernando da Conceição Gonçalves. Há ainda quatro elementos não independentes.

Em 14 de fevereiro foi aprovada em assembleia-geral extraordinária a revisão dos estatutos do Crédito Agrícola, para que de futuro cinco dos nove membros do Conselho Geral e de Supervisão tenham de ser independentes.

O grupo cooperativo Crédito Agrícola é composto por 80 caixas de Crédito Agrícola Mútuo, a Caixa Central e as empresas que detém, como seguradoras, e tem cerca de 650 agências no total.

O grupo tem previsto fundir nos próximos anos 20 caixas, passando das atuais 80 para 60, justificando com a pouca rentabilidade e eficiência de algumas e ainda com a necessidade de cumprir exigências regulamentares que só são possíveis com caixas de maior escala.

O grupo bancário Crédito Agrícola teve lucros de 112,5 milhões de euros em 2018, menos 26% do que os 152,1 milhões de euros de 2017.

Na apresentação dos resultados, em Lisboa, em 26 de março, Licínio Pina justificou a descida do resultado consolidado com o facto de em 2017 ter havido uma importante venda de dívida pública, que melhorou o resultado de então

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Sondagem para as legislativas: PS reforça, mas sem maioria

  • ECO
  • 26 Maio 2019

Portugueses escolhem quem os representa no Parlamento Europeu. A queda da taxa de participação intensificou-se ao longo do dia, e deverá atingir mínimos históricos.

Mais de 10 milhões de portugueses podiam ir este domingo às urnas escolher os 21 eurodeputados que os vão representar no Parlamento Europeu nos próximos cinco anos. Mas grande parte dos eleitores não se deslocou às urnas e taxa de abstenção dos portugueses deverá atingir um recorde, entre os 66,5% e 70,5%. Este movimento é contrário ao que está a acontecer a nível europeu, onde as taxas de participação estão a melhorar. O ECO acompanha em direto o dia das eleições.

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PR pede aos portugueses que não deixem a decisão “nas mãos de 20% ou 25%”

  • Lusa
  • 26 Maio 2019

Votar "é não desistir da liberdade de mandar no nosso futuro", defendeu o Presidente da República, onde salientou que não ir votar "é um enorme erro", que coloca em causa a Democracia.

O Presidente da República pediu hoje aos portugueses que façam o “pequeno sacrifício” de votar nas eleições para o Parlamento Europeu e não deixem “nas mãos de 20% ou de 25% a decisão que é de todos”.

Numa comunicação sobre as eleições deste domingo, divulgada na televisão e na rádio e no portal da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa sustentou que atualmente “é tão importante o que se decide na Europa como muito do que se decide apenas em Portugal” e que nos próximos anos “decisões fundamentais” para o futuro serão tomadas no quadro europeu.

“Por isso, vos peço que esqueçais o que vos desgostou na campanha eleitoral, ou a tentação de pensar que é um voto incómodo, um voto desinteressante, um voto desnecessário, ou o comodismo de achar que votar é para os núcleos duros dos partidos, para os entendidos, para os mesmos de sempre”, afirmou.

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“Peço-vos esse pequeno sacrifício que é não deixar nas mãos de 20% ou de 25% a decisão que é de todos”, acrescentou o chefe de Estado.

Na habitual mensagem presidencial transmitida em véspera de atos eleitorais, centrada no combate à abstenção, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que ficar em casa no domingo é “um erro enorme” e insistiu para que os eleitores dediquem “uns minutos do seu tempo àquilo que vai determinar os próximos cinco anos”.

“Até para, no dia seguinte, não terdes, não termos, de recomeçar o queixume de que a Europa, a que pertencemos, está errada, de que a Europa não nos entende, de que a Europa não nos apoia como deveria fazê-lo, de que a Europa não é suficientemente solidária, de que a Europa se encontra dominada pelos que não queremos, nem aceitamos. Tudo porque a maioria esmagadora escolheu não escolher”, advertiu.

O Presidente da República disse que foi assim que “começou, em tantos casos, a fraqueza das democracias” e “o caminho para a sedução dos poderes absolutos”.

“Votar amanhã é não desistir da liberdade de mandar no nosso futuro”, reforçou.

No início da sua mensagem, o chefe de Estado referiu que “tem sido regra haver uma elevada abstenção nas eleições para o Parlamento Europeu” e mostrou-se consciente de que “muitos portugueses” desvalorizam a importância deste ato eleitoral, em que não escolhem quem exerce o poder em Portugal.

Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que “o mais de um milhão de compatriotas que vive por esse mundo fora, e que, num passo histórico, passou a ter direito de voto, pode estar ainda longe destas suas primeiras eleições”.

“Também sei que, nas campanhas eleitorais europeias, se fala de muito mais do que de Europa, sobretudo num ano, como este, em que daqui por quatro meses, há novas eleições, as eleições para a Assembleia da República”, prosseguiu.

No seu entender “é, por isso, tentador ficar em casa e deixar a outros o encargo de irem votar, guardando para outubro o voto considerado essencial”, mas “é um erro, é um erro enorme”.

“A Europa é, com todos os seus problemas, a área com mais direitos do mundo. Muita da nossa vida resolve-se na Europa. Na Europa temos quase dois milhões de familiares nossos. Na Europa se tomam decisões que marcam o nosso presente e o nosso futuro – nas finanças, na economia, no emprego, na formação, nas escolas, no ambiente, nas estradas, no digital, na inovação”, argumentou.

Marcelo Rebelo de Sousa salientou ainda o contributo da União Europeia para o desenvolvimento do país: “Temos tido apoio, com fundos, para fazermos muito do que sozinhos faríamos com maior custo e para mantermos, em momentos difíceis, a capacidade de nos financiarmos lá fora”.

“Ora, na Europa, na União Europeia, só temos uma hipótese de escolher os nossos representantes diretos, e que é a de participar na eleição dos nossos deputados europeus”, frisou.

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