Morreu Paulo Nunes de Almeida, presidente da AEP
O presidente da Associação Empresarial de Portugal faleceu esta quinta-feira. Foi o primeiro presidente da Associação Têxtil de Portugal.
O presidente da Associação Empresarial de Portugal faleceu esta quinta-feira, avançou o Expresso. Aos 60 anos, Paulo Nunes de Almeida morreu no IPO do Porto, onde estava internado desde segunda-feira. Apesar da doença prolongada, o ECO sabe que o responsável trabalhou até sexta-feira da semana passada.
Foi o primeiro presidente da Associação Têxtil de Portugal (ATP) e antes, enquanto esteve à frente dos destinos da Associação Nacional dos Jovens Empresários (ANJE) foi um dos promotores do Portugal Fashion.
Atualmente, além de 30.º presidente da AEP, cargo que assumiu em 2014 e que renovou a 27 de junho de 2017, era também presidente do Conselho Fiscal do FC Porto e da Futebol Clube do Porto – Futebol. Numa nota à imprensa o Clube lembra que, em 2012, Paulo Nunes de Almeida “tinha sido distinguido com um Dragão de Ouro, na categoria de Dirigente do Ano, era também presidente da Associação Empresarial de Portugal, qualidade em que foi recentemente condecorado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem de Mérito Empresarial, um reconhecimento pela intervenção enquanto dirigente associativo na defesa das empresas e da economia nacional”.
Nascido no Porto a 24 de março de 1959 e licenciado em Economia, Paulo Nunes de Almeida iniciou a sua atividade profissional no Banco Português do Atlântico (1982-1984). Mas foi o setor têxtil que lhe encheu o coração a vida toda. Sempre ligado ao movimento associativo, o responsável também teve uma empresa sua — TRL – Têxteis em Rede. Mas, tal como muitas outras, não resistiu ao embate da globalização e à invasão de têxteis chineses na sequência da adesão da China à Organização Mundial de Comércio.
No seu currículo conta com uma condecoração de Marcelo Rede Sousa — a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Industrial — que recebeu em maio, por altura do 170º aniversário da AEP. Uma distinção que juntou ao Prémio Carreira da ANJE em 2016.
A Paulo Nunes de Almeida é atribuída a “renovação interna” da AEP, mas também “o seu saneamento financeiro”, assim como o reforço da missão associativa e o dinamismo da sua Fundação. O seu cunho e dinamismo está também associado à campanha “Portugal sou eu”, uma iniciativa governamental que deu seguimento à campanha da AEP “Compro o que é nosso”.
“Nesta última homenagem, a AEP recorda Paulo Nunes de Almeida como uma figura de referência, cujo trabalho muito contribuiu para a afirmação da imagem das empresas portuguesas. Um ser humano e um profissional que deixa uma marca no mundo empresarial português”, lê-se numa nota divulgada pela associação empresarial. “Reconhecido nos meios empresariais e políticos pela sua invulgar capacidade de gerar consensos, deixa uma marca forte no associativismo, nomeadamente em áreas fundamentais para a economia portuguesa como a internacionalização, o empreendedorismo e a formação profissional”, destaca a AEP.
Numa reação à sua morte, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), em comunicado enviado às redações sublinha: “Perdemos hoje um dos nossos melhores. A CIP, a AEP, o Movimento Associativo e a Sociedade Portuguesa ficaram hoje substancialmente mais pobres. Paulo Nunes de Almeida foi um dirigente como poucos”.
“Tive o privilégio de a seu lado testemunhar uma profunda paixão e dedicação às organizações que dirigia, honrando e dignificando com entrega e devoção a luta pela edificação do associativismo empresarial. Muito do sucesso alcançado repousa em silêncio sobre os seus ombros“, frisa António Saraiva, na mesma nota.
(Notícia atualizada com mais informação)
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