Airbus admite falhas nos novos aviões da TAP
A Airbus detetou problemas com óleo no motor e no sistema de ar condicionado dos aviões da TAP, problemas que estão na origem dos cheiros estranhos que têm sido detetados nos novos A330 Neo.
A Airbus detetou falhas nos novos aviões da TAP, depois de terem sido sentidos cheiros estranhos nos novos A330 Neo da companhia aérea nacional. Em carta enviada à TAP, a fabricante reconhece esses problemas, mas adianta que já adotou duas medidas mitigadoras deste efeito, tanto em terra como durante a descolagem do avião.
“Durante a fase de testes de voo, identificámos que o arranque do motor poderia gerar odores na cabina”, escreveu a Airbus, numa carta citada pelo Diário de Notícias (acesso pago). Numa utilização contínua superior a cem segundos, “algumas gotas de óleo poderiam ser libertadas no compressor de alta pressão”, o que provocaria “cheiro a óleo durante a fase de táxi, descolagem e subida”, continuou a Airbus.
A fabricante já adiantou ter adotado duas medidas no sentido de resolver estes problemas, tanto em terra como durante a descolagem do avião, diz o DN, e que estas falhas serão partilhadas com a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA, na sigla inglesa) no final de junho.
Mas foram também detetadas falhas no sistema de ar condicionado, o que poderá também estar na origem dos odores sentidos. A fabricante explicou que também esta situação já foi mitigada com tratamentos anticalor e maior circulação de ar para os aviões em operação.
Em declarações ao DN, a Airbus garantiu que, “no que diz respeito aos cheiros, foi formada uma task force, com a colaboração dos nossos fornecedores. As investigações técnicas estão já em curso para explorar uma lista exaustiva de potenciais causas do problema”.
Além disso, fica ainda por resolver o “mistério” das tonturas, vómitos, enjoos, desorientação, cansaço extremo e até sensação de desmaio sentidos pelos tripulantes da TAP durante os voos. Para isto, a Airbus não tem resposta. O sindicato dos tripulantes de bordo (SNPVAC) já ameaçou avançar com uma greve caso não haja medidas efetivas para resolver o problema.
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