Dijsselbloem está na corrida para a liderança do FMI
A Holanda estará a fazer "campanha" com vista a que o seu ex-ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo num período crítico da crise da dívida na Zona Euro, seja eleito para o lugar de Lagarde.
O governo holandês está a fazer “campanha” com vista a que Jeroen Dijsselbloem, ex-ministro das Finanças daquele país, seja escolhido para substituir Christine Lagarde na liderança do Fundo Monetário Internacional (FMI). A notícia é avançada esta quarta-feira pala Bloomberg que cita fontes próximas.
Christine Lagarde apresentou a sua demissão formal do cargo de diretora-geral do FMI, com a sua saída a concretizar-se a 12 de setembro, para depois assumir a partir de novembro a presidência do Banco Central Europeu. Com o lugar no FMI prestes a ficar desocupado, começam-se a alinhar na partida os candidatos à sua sucessão naquele fundo. Mas ainda assim não serão muitos os candidatos a surgir. Para além do ex-ministro das Finanças holandês, Mark Corney, governador do Banco de Inglaterra, é um dos nomes que tem sido falado para a liderança do FMI.
Caso se confirme a escolha de Dijsselbloem, a liderança dos destinos do fundo poderá ficar nas mãos de uma figura de topo do período crítico da crise financeira na Zona Euro. Atualmente com 53 anos de idade, Dijsselbloem, assumiu a pasta das Finanças holandesas entre 2012 e 2017, tendo-se destacado em 2013 ao tornar-se presidente do Eurogrupo.
A partir daquele posto, liderou os esforços do bloco europeu no sentido de “navegar” a crise da dívida, incluindo o resgate ao Chipre e à Grécia. Em 2015, liderou ainda negociações tensas com Atenas, das quais o FMI também fez parte, que quase levaram a Grécia a sair da Zona Euro.
Dijsselbloem também supervisionou conversas difíceis sobre a criação de uma União Bancária na Zona do euro, incluindo estruturas comuns de supervisão e de resolução para os maiores bancos do bloco.
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