Autarca de Vila de Rei diz que fogo está impossível de parar
Um incêndio em Vila do Rei, no distrito de Castelo Branco, estava "impossível de parar" e uma frente de fogo chegou a Mação.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, distrito de Castelo Branco, diz que o incêndio que lavra no concelho estava impossível de parar ao final da tarde de hoje, tendo-se “desmultiplicado em várias frentes”. “Parar o incêndio é de todo impossível nesta fase”, disse à Lusa Paulo César, em declarações às 19h45, cerca de cinco horas depois de as chamas terem eclodido na freguesia de Fundada, no norte do concelho, perto da fronteira com o município da Sertã.
Entretanto, uma frente do fogo que atinge Vila de Rei entrou “com bastante violência” em Mação cerca das 20h00, disse à Lusa o responsável pela proteção civil deste último concelho. António Louro adiantou que se trata de uma frente de fogo com oito quilómetros, que entrou no concelho de Mação (distrito de Santarém) na zona de Azinhal, Cardigos e Vinha Velha.
Por seu lado, Paulo César explicou que o incêndio em Vila de Rei começou a poucos quilómetros de um outro (que se iniciou sensivelmente à mesma hora no concelho vizinho da Sertã) e começou por se dividir em duas frentes: uma em direção àquele município, levando ao corte da Estrada Nacional 2 e outra “que se desmultiplicou em várias frentes” em direção à freguesia da sede do concelho.
Segundo o autarca, as três freguesias que compõem o município de Vila de Rei, onde está o Centro Geodésico de Portugal Continental, já foram atingidas pelas chamas. “O incêndio já percorreu toda a freguesia da Fundada e chegou à de Vila de Rei, que é grande, mas também a São João do Peso”, explicou.
Apesar de as chamas terem “passado” por várias aldeias, colocando-as “em perigo”, Paulo César afirmou não ter notícia de feridos ou danos materiais. “O fogo já percorreu várias aldeias, houve projeções para o interior das aldeias, mas os bombeiros têm conseguido proteger as habitações. A nossa preocupação é salvaguardar os núcleos urbanos”, assinalou.
Ainda segundo o vice-presidente, o vento “que está muito forte” tem sido “o maior adversário” dos operacionais no terreno, estando as chamas a evoluir em povoamento florestal de pinheiro e eucalipto.
Às 20h30, os dois incêndios de Vila de Rei e Sertã estavam a ser combatidos por 625 operacionais, apoiados por 186 viaturas e 13 meios aéreos.
Em Vila de Rei, combatem as chamas quatro aviões médios, 114 viaturas e 364 operacionais, enquanto na Sertã, no incêndio que começou na freguesia de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais ocupa 251 bombeiros, 72 viaturas e nove meios aéreos, entre os quais seis aviões e um helicóptero pesado.
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