Secretário de Estado da Saúde defende seguro complementar
Francisco Ramos considera que um seguro de saúde complementar público pode evitar que as famílias gastem, do seu bolso ou em seguros, cerca de 6 mil milhões de euros por ano.
O Secretário de Estado da Saúde afirmou, em entrevista ao jornal Sol, “ vale a pena ser discutido haver eventualmente um seguro (de saúde) complementar público”, acrescentando que “Portugal é dos países onde as pessoas mais pagam cuidados de saúde do seu próprio bolso”.
O governante explica que essas despesas próprias são aquelas, total ou parcialmente, não abrangidas por reembolsos ou comparticipações estatais, como medicamentos, consultas de especialidade geral e familiar, próteses, saúde oral, óculos ou aparelhos auditivos. Francisco Costa considera que, ou o SNS tem de resolver tudo ou, eventualmente, tem de se pensar num seguro complementar que ofereça, principalmente, este tipo de cuidados.
Confrontado se os utilizadores pagariam por esse seguro e poderiam usufruir dos serviços privados, o secretário de Estado confirmou essa ideia. Na situação atual um terço dos gastos em saúde são suportados pelas famílias em seguros e pagamentos diretos, revelou o governante, indicando que esse valor é de 6 mil milhões de euros por ano, gastos “num mercado desregulado e selvagem”, comenta.
Francisco Costa defende então um seguro complementar para suportar esses gastos adicionais das famílias, de uma forma “não redundante como é o caso da ADSE”, mas em seguros “realmente complementares ao SNS que pudessem tornar mais justo” o acesso à saúde.
Concluindo este tema na entrevista ao SOL, o secretário de Estado afirmou ser prioridade “alargar a cobertura pública nas áreas em que as pessoas mais gastam do seu bolso”.
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