Agentes de execução estão no CCB para arrestar obras de arte de Berardo
O Tribunal decretou o arresto da coleção de quadros e obras de arte de Joe Berardo na segunda-feira. Agentes de execução estão no museu a fazer um levantamento.
O Museu Berardo tem esta quarta-feira visitantes diferentes do habitual. Agentes de execução estão a levar a cabo as diligências necessárias para dar seguimento à decisão do Tribunal que, segunda-feira, decretou o arresto da coleção de quadros e obras de arte de Joe Berardo.
A informação foi avançada pelo Jornal Económico e confirmada pelo ECO. Mas fonte oficial do empresário madeirense diz que este continua a não receber qualquer notificação do tribunal. “Dos três arrestos anunciados pela comunicação social ainda não recebemos nenhuma notificação do Tribunal”, disse ao ECO fonte oficial, o que impede que Joe Berardo possa exercer o direito ao contraditório.
Em causa está o arresto decretado na sequência de uma providência cautelar interposta pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), o BCP e o Novo Banco, credores da coleção de arte moderna de José Berardo, o arresto de parte da Quinta Monte Palace Tropical Garden, na sequência de uma providência cautelar movida pela CGD, tal como o ECO avançou, e de duas casas em Lisboa, também propriedade do empresário.
De acordo com o Jornal Económico, que observou no local as diligências em curso, os agentes estão a percorrer e fotografar as 862 obras que estão abrangidas pelo acordo de comodato celebrado entre o Estado português e o empresário madeirense, para depois proceder ao auto do arresto.
O protocolo foi negociado entre o Estado e Berardo para a criação do museu em seu nome no Centro Cultural de Belém (CCB), em 2006, que cedia gratuitamente, por dez anos, as 862 obras – avaliadas, na altura, em 316 milhões de euros pela leiloeira internacional Christie’s.
Contactado pelo ECO, o Ministério da Cultura não faz comentários sobre a questão, remetendo para mais tarde eventuais esclarecimentos.
(Notícia atualizada)
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