Petróleo afunda 5%. Aproxima-se da barreira dos 50 dólares
Cotações do "ouro negro" já recuaram 20% face ao máximo registado em abril, com os investidores a revelarem os seus receios face ao impacto da guerra comercial sobre a economia e procura de petróleo.
O “ouro negro” está sobre forte pressão nos mercados internacionais. As cotações do petróleo de afundam 5%, estando já perto de quebrar a barreira psicológica dos 50 dólares por barril. A forte desvalorização da matéria-prima acontece num contexto de degradação da expectativa face à economia global e numa altura em que a guerra comercial se agudiza.
O preço do barril de crude WTI, matéria-prima que é transacionada em Nova Iorque cai 4,59%, para os 51,17 dólares, tendo já tocado os 50,52 dólares nesta sessão, o valor mais baixo desde 14 de janeiro. Também o brent negociado no mercado londrino, e que é a referência para as importações nacionais, está sobre forte pressão. Perde 4,29%, para os 56,41 dólares por barril, tendo já tocado os 56 dólares, um mínimo desde o dia 4 de janeiro.
As cotações do petróleo são assim seguimento à sangria que se tem verificado ao longo das últimas sessões, com os investidores a temerem uma quebra da procura da matéria-prima devido ao intensificar da tensão comercial entre os EUA e a China. A contribuir para essa evolução está ainda a subida inesperada das reservas de crude.
Petróleo aproxima-se dos 50 dólares
Fonte: Reuters
Dados divulgados pelo governo dos EUA mostram que as reservas de crude aumentaram em 2,4 milhões de barris na semana passada. A expectativa dos analistas era no sentido de uma redução de 2,8 milhões de barris. Daí resulta que os inventários de crude estão nos 438,9 milhões de barris, cerca de 2% acima da média dos últimos cinco anos para esta altura do ano.
"O mercado continua a negociar em baixa perante os receios relativamente ao crescimento da procura e a ideia de que o crescimento económico possa sofrer o impacto da guerra comercial.”
Com a desvalorização registada nesta sessão, as cotações do petróleo já acumulam quebras de valor na ordem dos 20% face ao pico registado em abril de 2019, o que significa que a matéria-prima entrou em mercado bear.
“O mercado continua a negociar em baixa perante os receios relativamente ao crescimento da procura e a ideia de que o crescimento económico possa sofrer o impacto da guerra comercial”, disse Gene McGillian, da equipa de research da Tradition Energy, citado pela Reuters.
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