Plenário já arrancou. “Greve é quase inevitável”, diz sindicato das matérias perigosas
Plenário conjunto entre sindicatos independentes começou à hora marcada. Líder do SNMMP denunciou que empresas já estão a cometer ilegalidades e disse que a greve é já quase inevitável.
O plenário conjunto entre o Sindicato Nacional de Matérias Perigosas (SNMMP) e o Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM) começou à hora marcada, com dirigentes de ambas as estruturas sindicais já presentes em Aveiras de Cima. “Neste momento parece muito pouco provável que haja levantamento da greve”, avançou Francisco São Bento à entrada do plenário.
O presidente do SNMMP explicou que o avanço da greve é, assim, quase inevitável, já que até agora não houve qualquer contacto por parte da Antram em sentido contrário. “Demos um prazo à Antram até as 16h de hoje e não surgiu nenhuma solução. Deixei em cima da mesa o que era necessário para levantar a greve: 900 euros de salário base já em janeiro, fim da isenção de horário e o pagamento do trabalho extraordinário como em qualquer outra profissão”, apontou.
Tal como o Sindicato Independente o fez esta manhã, o líder do SNMMP assegurou que o sindicato tudo fará para que o protesto decorra com todo o respeito pela Lei. Isto apesar das violações que já identificam do lado das empresas.
O responsável denunciou então que as empresas estão já a distribuir ordens de serviço para segunda-feira, contrariando aquilo que está previsto para a paralisação: que cabe aos sindicatos até 24 horas antes do arranque do protesto nomear quem cumprirá os serviços mínimos.
“Supostamente é o sindicato que devia estar a distribuir os serviços mínimos e as empresas já estão a distribui-los, desrespeitando o que está na Lei. Cabe aos sindicatos, até 24 horas antes do início da greve, distribuir os serviços. As empresas já estão a assumir a requisição civil e a atribuir serviços mínimos”, denunciou.
Apesar de já denunciarem o desrespeito pela Lei do lado das empresas, São Bento assegurou que do lado do sindicato a ordem será de “cumprir o que está na Lei” e que, tal como na greve de 15 de abril, “não haverá distúrbios de maior, pelo menos no que toca ao sindicato e ao que possamos cumprir”.
Francisco São Bento lamentou ainda os elevados níveis de serviços mínimos decididos pelo Executivo, apontando que estes deixam “pouca margem para os trabalhadores mostrarem o seu descontentamento”. Mas a este propósito, o líder do SNMMP realçou que a imposição de “serviços máximos” acabou por ter um efeito positivo: “Grande parte das instituições sindicais a nível nacional já nos partilharam a preocupação com este ataque ao direito à greve”, explicou. “Estamos em articulação com elas que brevemente tornarão público o seu descontentamento e preocupação contra este ataque”.
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