Governo assume que “não é viável fazer um processo de mediação” por indisponibilidade da Antram
Patrões continuam a recusar sentar-se à mesa enquanto se mantiver a guerra. Perante este cenário, Governo assume que não é viável prosseguir com processo de mediação.
Miguel Cabrita, secretário de Estado do Emprego, assumiu ao início da noite desta quinta-feira que não é viável prosseguir com o processo de mediação pedido pelos motoristas enquanto se mantiver a greve iniciada na segunda-feira. Em causa está a recusada da Antram em sentar-se à mesa das negociações sem que os trabalhadores levantem ou suspendam a greve.
“O Governo acionou de imediato esse mecanismo, nomeando de imediato um mediador, um técnico da DGERT, que contactou a Antram formalmente, dando conta disso ao sindicato, e a Antram respondeu já, dando conta da inviabilidade de um processo de mediação enquanto durasse a greve”, afirmou Miguel Cabrita, em declarações aos jornalistas, transmitidas pela SIC.
A decisão do Executivo é comunicada, “sem surpresas”, menos de quatro horas depois de ter dado conta que aceitava o pedido de mediação do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas.
“Para nós é claro, talvez sem surpresa, dadas as posições dos últimos dias, que não é viável iniciar o processo de mediação com possibilidade de viabilidade e condições de êxito”, pelo que “o processo de mediação termina, dado que não há condições de viabilidade”, afirmou o secretário de Estado do Emprego. Recorde-se que o processo de mediação proposto pelo Governo há cerca de uma semana e pedido esta quinta-feira pelos motoristas exige que ambas as partes estejam disponíveis para negociar.
Depois do pedido entregue esta tarde por Francisco São Bento, presidente do SNMMP, na DGERT, a Antram já veio dizer que “negoceia desde que a greve seja levantada”. Em comunicado enviado às redações, os patrões lembram que “a proposta que foi apresentada pelo Governo ao SNMMP na semana que antecedeu a greve era a da realização de um processo de mediação com prévio levantamento da greve, a qual foi liminarmente rejeitada pelo SNMMP.”
(Notícia atualizada às 21H08)
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