Depois do chumbo, Boris Johnson insiste em propor moção sobre eleições antecipadas. Deputados votam na segunda-feira
Depois de ter sido chumbada a proposta que previa avançar com eleições antecipadas a 15 de outubro, os deputados britânicos vão votar novamente sobre esta possibilidade na próxima semana.
A possibilidade de realizar eleições antecipadas vai voltar a votos no Parlamento britânico na próxima segunda-feira. Boris Johnson já tentou avançar para eleições mais cedo, apontando a data de 15 de outubro, mas os deputados rejeitaram esta possibilidade na quarta-feira.
Agora, o líder da Câmara dos Comuns, Jacob Rees-Mogg, disse que vão realizar nova votação sobre uma moção do Governo relativa a eleições antecipadas, adianta a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês). Na quarta-feira, a proposta que previa o mesmo teve 298 votos a favor e 56 contra, sendo que a grande maioria dos trabalhistas se absteve. Ficou assim muito aquém dos 434 ayes necessários.
Os trabalhistas, da oposição, disseram que não iriam apoiar uma eleição antecipada até que legislação que bloqueie uma saída sem acordo seja mesmo lei. Isto deverá acontecer na segunda-feira, avança a Reuters, já que os deputados britânicos aprovaram esta semana uma moção que determina que, caso não haja um acordo entre o Reino Unido e a União Europeia até 19 de outubro, o primeiro-ministro britânico terá de pedir um adiamento do Brexit para 31 de janeiro de 2020.
O Parlamento britânico vai ser suspenso durante a próxima semana, até meados de outubro, depois de Boris Johnson o ter pedido à rainha. Nesse período, os deputados não vão poder avançar com iniciativas ou moções.
O chumbo das eleições antecipadas visto pela imprensa britânica
Boris Johnson queria avançar para eleições antecipadas, mas viu o cenário travado na quarta-feira, nomeadamente devido à oposição. Jeremy Corbyn, líder dos trabalhistas, pediu aos deputados do seu partido para se absterem na votação à proposta que faria os britânicos ir às urnas mais cedo.
No dia seguinte, as capas da imprensa britânica contavam diferentes histórias a partir do acontecimento. Alguns jornais, como o The Guardian e o Financial Times, escolheram destacar a derrota de Boris Johnson, apresentado como tendo sido “encurralado”. Outros, como o The Sun e o Daily Mail, apontaram a forma como Corbyn se “acobardou”.
(Notícia atualizada)
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