Stephan Morais, da Indico: “2019 será provavelmente o melhor ano de sempre para o ecossistema empreendedor”
A dois meses de fechar o primeiro ano de atividade, o Indico Capital Partners conta com nove participadas e já chegou aos 50 milhões angariados para investimento.
Stephan Morais acredita que 2019 será o melhor ano de sempre para o ecossistema empreendedor português. “Se não for um ano recorde pela quantidade de rondas ou pelo valor angariado, será seguramente o melhor ano de sempre para o ecossistema empreendedor”, diz o general managing partner da Indico Capital Parners, em conversa com o ECO.
No rescaldo do investimento na nona empresa do portefólio da Indico — a Infraspeak, que anunciou esta terça-feira ter levantado uma ronda de financiamento de três milhões de euros, e que fecha a ronda seed no valor total de 4,6 milhões iniciada em outubro do ano passado –, Stephan Morais faz um balanço positivo dos primeiros dez meses de atividade do fundo lançado em janeiro deste ano e que é o maior fundo de capital de risco privado em Portugal. Ainda a angariar capital, o fundo já conseguiu juntar capital no valor de 50 milhões de euros vindo de 37 investidores, na sua grande maioria estrangeiros.
“Esta ronda não fecha um ciclo, mas temos agora nove empresas no nosso portefólio. O mais provável é chegarmos às 18 a 22 startups no nosso portefólio, porque é normal que a concentração do investimento em fundos do tipo do nosso se faça nos primeiros dois ou três anos de vida”, explica o responsável.
Neste primeiro ano de investimentos, a evolução do mercado surpreendeu Stephan Morais. “Não prevíamos que houvesse, logo no primeiro ano, empresas nossas a angariar rondas subsequentes, mais capital. Existe um conceito de J Curve, que descreve as perdas de um fundo nos primeiros tempos, e que tem a ver com o período negativo da carteira numa carteira de investimentos. Mas não a sentimos, a nossa carteira tem tido boa performance“, explica o partner do fundo.
Stephan Morais diz que o investimento deverá continuar, mas que se nota que as empresas olham com expectativa para o novo ano. “As empresas preparam-se para se tornarem sustentáveis o mais rapidamente possível”, justifica, sobre a incógnita envolvendo um abrandamento económico já no próximo ano.
No entanto, na hora de procurar futuros investimentos, o managing partner diz que os contactos à Indico continuam numa média de dez por semana, 40 por mês. “Algumas das empresas são espanholas à procura de conseguir desenvolver os mercados internacionais, porque não têm a visão de mercado global das startups portuguesas, tendem a começar e a passar os primeiros anos no mercado doméstico”.
“No último ano, continuou a evolução do ecossistema português. Há mais startups com maior ambição e com maiores perspetivas de angariação de capital, tanto nacional como estrangeiro”, acrescenta.
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