Construtoras preocupadas com atrasos nas grandes obras
Dos investimentos previstos até 2020 na ferrovia, metros, portos e hospitais, apenas um quinto foi concretizado e os projetos continuam a derrapar, avisam as construtoras.
O ano começou com uma série de anúncios de grandes obras que pôs o setor da construção a fervilhar, mas a menos de dois meses do final de 2019 as construtoras portuguesas estão preocupadas por não verem tais investimentos saírem do papel, avança o Jornal de Negócios (acesso pago), esta quinta-feira.
O presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) sublinha que, se a calendarização do Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas (PETI) tivesse sido cumprida, no final deste ano 87% do investimento estaria concretizado. Ora, atualmente “apenas cerca de um quinto do total terá sido já executado”, diz Manuel Reis Campos, ainda que admita que a informação disponível escasseia.
No que diz respeito aos projetos de grande dimensão relativos à ferrovia, metros e portos, os procedimentos concursais já foram lançados, esperando-se “a curto prazo” que sejam “registados alguns avanços ao nível do grau de execução dos projetos previstos”.
De notar que estes atrasos têm sido reconhecidos pelos próprios governantes, que os justificam com as apertadas regras de contratação pública, com as exigências de avaliação de impacte ambiental e com a perda de know how e competências de empresas públicas e privadas.
A exceção a estes atrasos, apontam as construtoras, é a adjudicação dos três troços da nova linha de Évora — apresentada pelo Governo como “a maior obra ferroviária dos últimos 100 anos em Portugal” –, ainda que a construção tenha arrancado com um ano e meio de atraso face ao inicialmente previsto.
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