Orey perdeu dois terços dos administradores num ano
O administrador executivo Luís Miguel Gonçalves Pereira anunciou esta quinta-feira a renúncia do cargo. Junta-se a uma lista que tem emagrecido o Conselho de Administração nos últimos meses.
O Orey perdeu mais um membro do Conselho de Administração. O administrador executivo Luís Miguel Gonçalves Pereira anunciou esta quinta-feira a renúncia do cargo, levando o número de administradores que saíram no último ano para seis. Ficam apenas três pessoas na liderança da empresa que se encontra em Processo de Especial de Revitalização (PER).
“A Sociedade Comercial Orey Antunes, S.A. informa sobre a renúncia, com eficácia a 30 de novembro de 2019, ao cargo de vogal do Conselho de Administração do Administrador Luís Miguel Gonçalves Pereira“, anunciou a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Luís Pereira trabalhava no grupo Orey desde 2002, onde chegou a ser diretor da Orey Serviços e Organização e diretor da Orey Capital Partners GP Sàrl. Era, desde 2016, administrador executivo do Grupo Sociedade Comercial Orey Antunes.
A saída não é caso único. Em março, tinham saído do conselho de administração João Luís Neto Sacramento Teiga e Pedro Miguel Torres Vitor Costa Santos. E em novembro do ano passado, abandonaram o órgão social também outras três pessoas: Nuno Manuel Teiga Luís Vieira, Alexander Somerville Gibson e Francisco Van Zeller, de acordo com dados do relatório e contas da empresa.
Assim, o número de administradores caiu de nove para apenas três. Além do presidente do conselho de administração Duarte Maia de Albuquerque d’Orey, ficam ainda Rui Jorge Antunes Pinto e Miguel Ribeiro Ferreira. O número fica abaixo do que a própria empresa considera que garanta a supervisão, fiscalização e avaliação da atividade.
“O Conselho de Administração é o órgão competente para realizar a avaliação de desempenho dos administradores executivos, e é composto por 6 (seis) membros, sendo 2 (dois) deles administradores não executivos e 1 (um) independentes. No entender da sociedade, e considerando o modelo de governação adotado, a dimensão da sociedade e a sua estrutura acionista, esta composição do Conselho de Administração garante a efetiva capacidade de supervisão, fiscalização e avaliação da atividade desenvolvida pelos Administradores Executivos”, referia no relatório e contas.
A razão para a saída de Luís Pereira não foi especificada no comunicado, mas acontece uma semana depois de a Orey ter anunciado o pedido de abertura do PER. O grupo, que teve prejuízos de 10,77 milhões de euros em 2018 e diz ter um desequilíbrio financeiro de curto prazo de cerca de 12 milhões de euros, está agora em negociações com os credores. Pede, no âmbito do PER, perdão de 90% a 95% sobre dívidas que ascendem a 50 milhões de euros, sendo que a Caixa Geral de Depósitos é o banco mais exposto à empresa.
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