Hawkers alia-se à ClinicPoint para facilitar acesso a serviços óticos e oftalmológicos

  • Europa Press
  • 18 Dezembro 2020

A marca espanhola de óculos de sol tem como objetivo "liderar a democratização do serviço e a oferta permanente do setor para tornar os serviços de qualidade acessíveis ao consumidor".

A Hawkers assinou um acordo com a empresa de serviços médicos online ClinicPoint com o objetivo de disponibilizar aos clientes serviços óticos e oftalmológicos como consultas, check-ups, testes médicos e a aquisição lentes graduadas.

“O nosso objetivo é concentrarmo-nos na saúde dos olhos. A Hawkers nao é apenas óculos de sol, temos as nossas próprias óticas que fornecem serviços óticos e optométricos para óculos e lentes de contacto graduados. A inovação faz parte do ADN da empresa. Estabelecemos o objetivo de liderar a democratização do serviço e a oferta permanente do setor para tornar os serviços de qualidade acessíveis ao consumidor”, comentou o diretor de recursos humanos da Hawkers, Nacho Comisaña.

Os clientes podem agora aceder facilmente a consultas de oftalmologia, check-ups e testes médicos para adquirirem óculos e lentes de contacto Hawkers à distância de um clique através da ClinicPoint.

A marca de óculos de sol espanhola cobre todas as necessidades corretivas, disponibilizando óculos de sol monofocais, bifocais, progressivos, profissionais, de prescrição e qualquer solução nas suas mais de nove lojas localizadas em Madrid, Guadalajara, Saragoça, Jerez de la Frontera, Coruña, Astúrias e Valência, e a partir de agora, também através da ClinicPoint.

Os clientes pode marcar uma consulta, check-up periódico ou verificação de lentes de contacto, entre outros serviços, através do site, evitando assim longas filas de espera na loja.

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Prazo para as negociações do Brexit acaba dentro de “algumas horas”

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2020

Sobram “apenas algumas horas” para a União Europeia e o Reino Unido chegarem a um acordo, avisa Michel Barnier.

O negociador chefe da União Europeia (UE) para o Brexit, Michel Barnier, alertou esta sexta-feira, em Bruxelas, que restam “apenas algumas horas” para Bruxelas e Londres chegarem a um acordo sobre as futuras relações comerciais.

Intervindo num debate no Parlamento Europeu (PE), Barnier salientou ter chegado “o momento da verdade“.

“Chegou o momento da verdade. Temos muito pouco tempo, algumas horas úteis nestas negociações, se quisermos que este acordo entre em vigor a 01 de janeiro“, disse.

“No momento em que estamos a falar, muito sinceramente, (…) não posso dizer-vos qual será o resultado desta etapa final da negociação. É por isso que temos de estar prontos para todos os cenários”, acrescentou Michel Barnier.

Os eurodeputados deverão votar ainda hoje uma série de medidas de contingência para o caso das negociações falharem.

“Esta manhã retomaremos as negociações com [o negociador britânico] David Frost, para uma tentativa final de encontrar um acordo aceitável, particularmente sobre a pesca. Não temos a certeza de ser bem-sucedidos se nem todos fizerem um esforço real e concreto”, disse ele.

O acesso dos navios de pesca da União Europeia a águas britânicas é o maior obstáculo a um acordo.

O Reino Unido abandonou a União Europeia a 31 de janeiro, tendo entrado em vigor medidas transitórias que caducam no próximo dia 31 de dezembro.

Na ausência de um acordo, as relações económicas e comerciais entre o Reino Unido e a União Europeia passam a ser regidas pelas regras da Organização Mundial do Comércio e com a aplicação de taxas aduaneiras e quotas de importação, para além de mais controlos alfandegários e regulatórios.

As duas partes estão a preparar-se para o cenário de ausência de acordo (“no deal”), e tanto a União Europeia como o Reino Unido estão a acelerar os respetivos planos de contingência.

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“Vamos ter um novo conceito de empresa, num capitalismo que não está só voltado para o lucro”

  • Capital Verde
  • 18 Dezembro 2020

O Green Economy Forum 2020 encerra com um "frente a frente" entre Sofia Santos e João Meneses sobre o novo capitalismo, virado para todos os interessados, e não só para os investidores e acionistas.

Assista à sessão de encerramento do Green Economy Forum 2020 com um “frente a frente” entre Sofia Santos, economista especializada em Sustainable & Climate Finance, e João Meneses, secretário-geral do BCSD Portugal. Um debate e reflexão sobre o tema As empresas e o novo capitalismo de stakeholders“.

Assista ao encerramento do Green Economy Forum 2020 aqui.

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Carga movimentada nos portos de Portugal cai 7,1% até outubro

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2020

“Lisboa e Leixões são os portos que apresentam maiores quebras, na casa de -2 milhões de toneladas, seguindo-se Aveiro, Sines e Setúbal”, diz a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes.

O movimento nos portos em Portugal continental diminuiu 7,1% nos primeiros 10 meses deste ano, para 67,79 milhões de toneladas, na comparação com igual período do ano passado, revelou a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

Este desempenho é explicado pelo comportamento negativo da maioria dos portos à exceção da Figueira da Foz e Faro, que denotaram um acréscimo no volume movimentado de 2,6% e 46,5%, respetivamente, explica a AMT em comunicado.

E prossegue: “Lisboa e Leixões são os portos que apresentam maiores quebras, na casa de -2 milhões de toneladas, seguindo-se Aveiro, Sines e Setúbal”.

Segundo a AMT, o desempenho dos portos até outubro é também explicado pela suspensão da importação de carvão mineral desembarcado em Sines, para as centrais termoelétricas de Sines e do Pego, cuja produção no período em análise denotou uma queda de 72,1% em termos homólogos.

Além do carvão, também os produtos petrolíferos, outros granéis sólidos, carga fracionada e produtos agrícolas registaram quedas homólogas de, respetivamente, 1,8 milhões de toneladas, 565,4 mil toneladas, 403,2 mil toneladas e de 352,2 mil toneladas.

A contrariar as quedas estiveram os mercados de carga contentorizada e de minérios, com movimentos de mais 667,5 mil toneladas e 110,8 mil toneladas, respetivamente, sendo o porto de Sines se destacou em termos de carga contentorizada.

O desempenho positivo dos portos de Setúbal e Leixões conseguiu anular as quedas registadas no porto de Lisboa, tendo também contribuído, mas numa dimensão menos significativa o porto da Figueira da Foz, sendo que no caso de Lisboa “não é alheia a instabilidade laboral por efeito de pré-avisos de greve dos trabalhadores portuários que têm ocorrido com frequência”, explica a AMT.

O porto de Sines aumentou ainda que ligeiramente a liderança em outubro ao nível da carga movimentada, representando agora 50,9% do total dos portos no continente português, além de se destacar no segmento de contentores com uma quota de 57,3%.

Apesar representar 50,9% da carga total movimentada ainda está a 3,5 pontos percentuais do seu máximo registado em 2016, lê-se no documento.

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Como passar uma equipa inteira para remoto? Comunicação deve ser “assíncrona e clara”

Victoria Haidamus, project manager na Impulso, defende que a comunicação remota eficaz deve respeitar a disponibilidade das duas partes. Já pode rever a 1.ª edição do Nómada Digital Summit.

O futuro do trabalho é mais flexível, sem escritórios, com trabalhadores espalhados pelo mundo e que comunicam de forma assíncrona: a comunicação não tem tempo e espaço definidos e depende da disponibilidade das duas partes. Estas foram as convicções de Victoria Haidamus, product and project manager na Impulso, que falou sobre os desafios da transição para o trabalho remoto na 1.ª edição do Nómada Digital Summit.

Para Haidamus, a transição para o remoto vai exigir às empresas a aposta numa comunicação assíncrona e escrita eficaz para conseguir dar resposta num ambiente remoto.

A Pessoas acompanhou os temas em debate na 1.ª edição do Nómada Digital Summit, que a partir de agora pode rever de forma integral no site oficial do evento.

Roberta Vasconcelos, CEO da startup brasileira Beer or Coffee, foi a “surpresa” do evento, refere o fundador Gonçalo Hall. Sendo 100% remota, a Beer or Coffee promove a cultura da organização através de encontros sociais e eventos, sessões de meditação conjunta todas as manhãs ou aulas de yoga, para que os mais de 60 trabalhadores em Portugal e no Brasil se mantenham alinhados com os valores da empresa. Já na GitLab, plataforma online para projetos open source, é através da comunicação e da documentação de todos os processos que se gerem as mais de 1.200 pessoas espalhadas por 76 países.

Victoria Haidamus, product and project manager na Impulso.

A comunicação assíncrona foi um dos temas em debate na Nómada Digital Summit 2020, com 19 conferências.

A segunda edição da Nómada Digital Summit vai decorrer entre 8 e 10 de abril de 2021. O objetivo é debater temas de foco no universo do trabalho remoto, tais como a educação, competências, freelancing, o emprego remoto, os negócios online e, tal como sugere o nome, o nomadismo digital. A novidade este ano surge no terceiro dia, que vai incluir workshops nas áreas de freelancing, emprego remoto e empreendedorismo.

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Tenente-general Luís Botelho Miguel é o novo diretor do SEF

  • ECO
  • 18 Dezembro 2020

Uma semana depois da saída de Cristina Gatões, o Governo já nomeou um sucessor. É um antigo comandante-geral da GNR, que cessou funções em julho.

Uma semana depois de Cristina Gatões se ter demitido da diretoria do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), já há um substituto para ocupar essa cadeira. O tenente-general Luís Francisco Botelho Miguel foi o escolhido, ficando responsável pela restruturação do SEF, refere uma nota enviada esta sexta-feira pelo Ministério da Administração Interna.

O tenente-general Luís Francisco Botelho Miguel foi designado pelo primeiro-ministro e pelo ministro da Administração Interna e ficará responsável pelo processo de reestruturação do SEF, para além de “assegurar a separação orgânica entre as suas funções policiais e as funções administrativas de autorização e documentação de imigrantes”.

De acordo com a Lusa, Botelho Miguel, natural de Lisboa, é mestre em Ciências Militares — ramo de Artilharia — e licenciado em Engenharia de Sistemas Decisionais. Exerceu vários cargos de comando entre 2010 e 2020 na GNR, onde cessou funções como Comandante-Geral em julho.

Cristina Gatões demitiu-se da diretoria do SEF na semana passada, na sequência do caso que envolveu a morte de um cidadão ucraniano nas instalações do SEF no aeroporto de Lisboa. A Inspeção-Geral da Administração Interna atribuiu a morte deste cidadão “ação e omissão” de um total de nove inspetores daquela autoridade.

(Notícia atualizada às 9h13 com mais informação)

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Iberia vai comprar Air Europa por 500 milhões de euros, mas só paga em 2026

A Iberia chegou a acordo com os donos da Air Europa e conseguiu reduzir para cerca de metade o valor a pagar. Pagamento acontece em cinco anos.

A Iberia vai passar a ser dona da Air Europa. A companhia aérea espanhola chegou a acordo com o Grupo International Airlines (IAG), que a detém, alcançando novas condições de preço e formas de pagamento. De acordo com o El Confidencial (conteúdo em espanhol), o negócio será fechado por 500 milhões de euros e o pagamento acontecerá apenas em 2026.

Há um ano, as partes tinham chegado a entendimento para fechar este negócio por 1.000 milhões de euros. Contudo, após várias discussões, este valor caiu para cerca de metade. Isto depois de a Iberia se ter reunido com o Conselho de Administração do IAG esta quarta-feira, onde foi avaliado o impacto que o Brexit terá nas operações da Air Europa. Por enquanto, a operação está apenas pendente da Empresa Estatal de Participação Industrial (SEPI), que tem de aceitar renunciar à nomeação dos dois administradores que a representam no empréstimo concedido à Globalia, dona da Air Europa.

É exatamente devido a esse empréstimo que o pagamento só acontecerá em 2026. Isto porque a SEPI emprestou 475 milhões de euros à Air Europa em novembro e só daqui a cinco anos é que a companhia aérea deverá ter este montante liquidado.

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Nas notícias lá fora: Vacina, Air Europa e Brexit

  • ECO
  • 18 Dezembro 2020

A vacina contra o coronavírus da Moderna poderá estar mais perto de receber "luz verde" do regulador dos EUA. A Iberia chegou a acordo para comprar a Air Europa por 500 milhões de euros.

A semana termina com boas notícias no que diz respeito à vacina contra a Covid-19, depois de a vacina desenvolvida pela Moderna ter recebido uma recomendação de aprovação por parte do painel consultivo do regulador norte-americano. Isto no mesmo dia em que a China anuncia que vai vacinar 50 milhões de pessoas. A marcar o dia está ainda o acordo alcançado para a Iberia comprar a Air Europa.

The Wall Street Journal

Vacina da Moderna recebe apoio do painel consultivo da FDA

Um painel consultivo da Food and Drug Administration (FDA) recomendou esta quinta-feira que a vacina que a Moderna desenvolveu contra o coronavírus seja aprovada, preparando, assim, terreno para a FDA conceder a autorização de uso emergencial esperada até o final desta sexta-feira. Esta recomendação coloca esta vacina no caminho para se tornar a segunda vacina a receber esta autorização, depois da “luz verde” dada pela FDA à vacina da Pfizer e da BioNTech na semana passada. Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso livre, conteúdo em inglês)

South China Morning Post

China vai vacinar 50 milhões de pessoas no Ano Novo Lunar

A China está a preparar-se para vacinar 50 milhões de pessoas contra o coronavírus antes do início do pico do Ano Novo Lunar, que arranca em fevereiro. As autoridades de centros de controlo e prevenção de doenças de todo o país já foram convocadas para reuniões de preparação. Pequim está a planear distribuir 100 milhões de doses das vacinas — de duas doses — produzidas pelas empresas chinesas Sinopharm e Sinovac. Leia a notícia completa no South China Morning Post (acesso livre, conteúdo em inglês)

El Confidencial

Iberia compra Air Europa por 500 milhões. Paga em 2026

Os Conselhos de Administração da Iberia e do International Airlines Group (IAG) chegaram a acordo para a compra da Air Europa. A Iberia pagará 500 milhões de euros pela Air Europa, que receberá o dinheiro em 2026, ano em que a Air Europa deverá ter reembolsado o empréstimo de 475 milhões concedido em novembro pela Empresa Estatal de Participação Industrial (SEPI). Leia a notícia completa no El Confidencial (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Reuters

Reino Unido quer acordo comercial com o Brexit, não a todo o custo

Os negociadores do Reino Unido e da União Europeia vão retomar as negociações comerciais esta sexta-feira, com ambas as partes a alertarem a distância que as separou num conjunto de questões, e que cada vez é mais provável que não seja possível alcançar um acordo. “É uma situação muito séria. Vamos testar todos os caminhos para alcançar um acordo de livre comércio com a União Europeia, mas não podemos fazer isso à custa da nossa soberania nacional”, disse o ministro da Educação britânico. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

Apple Pay chama à atenção dos reguladores

A próxima batalha anticoncorrencial da Apple está a ser preparada em torno da Apple Pay, a app de pagamentos da empresa norte-americana, à medida que a pandemia de aumenta o uso de pagamentos contactless. A Apple passou grande parte do ano a lutar contra acusações de comportamento anticoncorrencial na App Store, numa altura em que o Apple Pay está a crescer rapidamente, à medida que os consumidores tentam não tocar em botões ou manusear dinheiro por causa do coronavírus. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

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BlackRock espera juro mais negativo na dívida portuguesa

Apesar do baixo retorno, as obrigações nacionais continuam na carteira da BlackRock. "Continuamos positivos e expostos à dívida portuguesa", diz o responsável da gestora em Portugal.

A BlackRock está prestes a entrar no novo ano otimista em relação à recuperação dos mercados. A principal aposta são ações — especialmente dos EUA e dos setores de saúde e tecnologia –, mas, num cenário pouco interessante para as obrigações, a maior gestora de ativos do mundo vê interesse na periferia da Europa. E até antecipa que os juros da dívida portuguesa possam cair ainda mais.

“Estamos neutros em relação a obrigações soberanas e negativos em relação a alguns países porque já há pouca margem de compressão das yields, mas em Portugal e Espanha ainda vejo alguma margem de compressão das spreads“, diz André Themudo, responsável do negócio da BlackRock em Portugal, num encontro com jornalistas esta quinta-feira. “Em termos de dívida periférica, continuamos a estar positivos porque achamos que ainda há margem para queda das yields e, portanto, valorização do preço“.

Themudo explica que as obrigações portuguesas têm tido um desempenho acima dos outros países devido aos estímulos monetários do Banco Central Europeu e orçamentais das autoridades nacionais e europeias. Foi esta rede de segurança que ajudou a acalmar os mercados após um momento temporário de tensão no início da pandemia e que levou a quedas persistentes nos juros.

"Em termos de dívida periférica, continuamos a estar positivos porque achamos que ainda há margem para queda das yields e, portanto, valorização do preço. Continuamos positivos e expostos a dívida portuguesa.”

André Themudo

Responsável do negócio da BlackRock em Portugal

Em mercado primário, o juro médio da emissão de nova dívida portuguesa caiu para 0,6% desde o início do ano, levando o custo do stock para 2,5%. Já em mercado secundário, toda a dívida nacional com maturidade até nove anos tem yield negativa e, a 26 de novembro, Portugal chegou mesmo a registar uma taxa de juro negativa no prazo a dez anos. Esta quinta-feira estava em 0,01%.

Apesar do baixo retorno, a dívida portuguesa continua a estar na carteira da BlackRock. “Continuamos positivos e expostos a dívida portuguesa“, aponta Themudo, referindo que em termos de obrigações estão também overweight só em high yield, Ásia, obrigações indexadas à inflação. “É cada vez mais questionável o papel das obrigações soberanas para diversificar carteiras“, alerta.

Saúde e tecnologia dos EUA são as ações preferidas

Seguindo-se a um ano de exceção, marcado pela pandemia, como está a ser 2020, o próximo ano é difícil de antever. “Os modelos normais não se aplicam. O cenário é comparável com o de uma catástrofe natural“, diz Themudo, apontando os avanços da vacina e taxas de juro reais mais baixas por mais tempo como dois temas chave para 2021. E explica: “gostamos de risco, mas há que ter cuidado”.

A financeira, que tem 7,8 biliões de dólares em ativos sob gestão, está mais otimista em relação a ações do que obrigações e subiu a recomendação para o mercado acionista dos EUA, passando para overweight. Dentro destas, as preferidas são ações de saúde e tecnologia, que foram das mais beneficiadas pela pandemia, mas que mesmo assim ainda têm potencial, segundo Themudo, por três razões: um rácio price to earnings acima da média do S&P 500, um rácio debt to EBITDA inferior (na ordem de 0,6) e pela disponibilidade financeira que o setor tem.

“Pagamos mais porque estamos a comprar os setores com qualidade, segurança e estabilidade”, refere o responsável do negócio da BlackRock em Portugal. “Não nos importamos de pagar mais por estes três fatores. Não consideramos caro tendo em conta o que nos podem dar“, acrescenta sobre a saúde e tecnologia. Em sentido contrário, a BlackRock reviu em baixa a recomendação para ações europeias para underweight (de neutral) porque há “demasiada exposição ao setor financeiro, que está sob pressão devido a estas taxas de juro muito baixas”.

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Brexit pressiona bolsas. Lisboa segue tendência

Tensão em torno das negociações do Brexit está a sobrepor-se ao otimismo provocado pela chegada da vacina contra a Covid-19 à Europa

Depois de ganhos acentuados, as praças europeias estão de volta às quedas. Os índices do Velho Continente perdem força, assim como o mercado português que recua 0,4%. Grande parte das cotadas negoceia em “terreno” negativo.

Com o tempo a esgotar-se, ainda não há acordo para o Brexit. Esta tensão está a sobrepor-se ao otimismo provocado pela chegada da vacina contra a Covid-19 à Europa, levando as praças a perderem valor. O Stoxx 600 cai 0,4%, enquanto o PSI-20 cede 0,39% para cotar nos 4.806,56 pontos.

Em Lisboa, praticamente todos os títulos estão no “vermelho”, sendo a Galp Energia a cotada que mais peso coloca no comportamento do índice de referência. A petrolífera cai mais de 1%, seguindo a cotar nos 8,65 euros.

A EDP, por seu lado, continua em alta, enquanto a EDP Renováveis segue inalterada, depois de mais uma sessão marcada por novos recordes que levaram os títulos a superar a fasquia dos 20 euros. Estão a cotar nos 20,45 euros.

Ainda nas quedas, destaque para os CTT, que cedem 1,2% para 2,46 euros, mas também para o retalho. A Sonae perde 1,15%, enquanto a Jerónimo Martins segue a cair 0,7%.

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Dívidas mistério impedem restaurantes de ter apoios

  • ECO
  • 18 Dezembro 2020

Em causa está a suspensão parcial da TSU às empresas que recorreram ao lay-off, e que agora a Segurança Social assume como dívidas ao Estado.

Vários restaurantes que recorreram ao lay-off e ao mecanismo do apoio à retoma progressiva ficaram parcialmente isentos da TSU e, por isso, deixaram de pagar esta taxa. O problema é que, avança o Jornal de Negócios (acesso pago), a Segurança Social assume esta ausência de pagamento como dívidas, o que impede agora muitas empresas da acederem aos apoios do Governo.

Estas empresas, diz a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) ao Negócios, “veem-se agora confrontadas com a acusação de dívida pela Segurança Social, cujo sistema assume, erradamente, essas dispensas de contribuições como dívidas”, o que “impede as empresas de se candidatarem a outros apoios Covid-19”, acabando por “ameaçar gravemente a sua situação de liquidez”.

O Ministério do Trabalho e da Segurança Social confirma ter conhecimento deste tipo de situações, “em que são gerados débitos a empresas e trabalhadores independentes relativos aos meses em que houve redução de contribuições”, mas sublinha que “esses débitos não relevam para a situação contributiva”. “Para efeitos de apuramento da situação contributiva, a Segurança Social não está a considerar como dívida os valores que aguardam regularização”, acrescenta o ministério de Ana Mendes Godinho.

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“Esta recuperação económica, a que chamamos verde, vai ser feita pelas empresas”

A recuperação verde da economia num cenário pós-pandémico esteve em debate no terceiro painel do Green Economy Forum 2020, do ECO/Capital Verde, que contou com a EY, CTT e Volkswagen.

Com a recuperação económica na ordem do dia, as empresas são cada vez mais chamadas a agir como um “ator fundamental”, sobretudo em Portugal, onde as PME têm um papel decisivo.

“Esta recuperação, a que chamamos verde porque vamos tentar fazer as coisas de forma diferente em relação ao passado, com um alinhamento das estratégias de valor das empresas com a geração de valor para os acionistas e os stakeholders, vai ser feita pelas empresas, que serão parte da solução”, disse Bernardo Augusto, manager da EY, no painel sobre Recuperação Verde da Economia do Green Economy Forum 2020, do ECO/Capital Verde.

Assista aqui ao painel sobre Recuperação Verde da Economia pós-pandemia

Nos últimos meses, a consultora tem levado a cabo com o BCSD Portugal um mapeamento das oportunidades de financiamento sustentável para as empresas nacionais.

Miguel Salema Garção, diretor de comunicação e sustentabilidade dos CTT, garante que a empresa está a “trabalhar com clientes e parceiros para avançarem todos de forma mais rápida para contribuir para a sustentabilidade”, apesar de estarem alinhados e a caminharem na mesma direção.

“Hoje em dia já é o mercado e os clientes que exigem às marcas uma oferta de produtos sustentáveis de A a Z na sua cadeia de valor, com os CTT a garantirem emissões zero na parte da entrega ao cliente. Depois do projeto-piloto em Lisboa com uma marca de cápsulas de café, vamos expandir as entregas verdes para o Porto e pretendemos alargar a mais cidades portuguesas”, afirma Salema Garção.

Do lado da mobilidade elétrica, Ricardo Tomaz, diretor de marketing estratégico e relações externas da SIVA, deu conta das principais metas da Volkswagen: em 2025 atingirá a neutralidade carbónica e daqui a dez anos 70 a 80% dos carros do Grupo serão elétricos. E mais: vai investir 35 mil milhões em carros elétricos em cinco e mais 11 mil milhões em híbridos.” Esperamos que seja este o caminho, e acreditamos que é”, disse.

“É uma revolução total da mobilidade que se prepara. Se há indústria que mudou nos últimos dois anos e ainda vai mudar mais nos próximos dez, é a automóvel, porque é uma disrupção total face ao passado. O futuro é elétrico”, frisa Ricardo Tomaz.

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