PS diz que entendeu “muito bem” apelo do Presidente da República
O presidente do PS, Carlos César, defendeu que as prioridades apontadas pelo chefe de Estado coincidem com as do Governo. PS tem reuniões com partidos à esquerda esta sexta-feira.
O PS considerou hoje que as prioridades apontadas pelo Presidente da República apresentam “uma convergência muito importante do ponto de vista dos objetivos estratégicos” entre Marcelo Rebelo de Sousa, o Governo “e o próprio primeiro-ministro”. Carlos César diz que o PS entendeu “muito bem” a mensagem de Marcelo.
“As prioridades apontadas pelo Presidente da República mostram uma convergência muito importante do ponto de vista dos objetivos estratégicos entre o Presidente da República e o Governo e o próprio primeiro-ministro que ainda hoje publicou um artigo na imprensa onde essas prioridades também são replicadas”, salientou Carlos César.
O presidente do PS falava em Ponta Delgada, São Miguel, numa reação à mensagem de Ano Novo do Presidente da República, a partir da ilha do Corvo, nos Açores, tendo acrescentado que os socialistas partilham com Marcelo Rebelo de Sousa “o apelo” à “estabilidade”.
“Partilhamos com o senhor Presidente da República o apelo que ele faz à estabilidade, aos valores do diálogo e da concertação, porque quando não há maiorias absolutas as medidas realizadoras e concretizadoras e os avanços que são necessários dependem sempre da concertação e do diálogo”, frisou Carlos César.
O dirigente do PS acrescentou: “E, por isso, entendemos muito bem o apelo do senhor Presidente da República a um Governo mais forte e dialogante e a uma oposição mais forte e mais construtiva”.
Para os socialistas, o ano de 2020 inicia-se “com a confirmação de que o relacionamento institucional entre o Presidente da República e os restantes órgãos de soberania continuará a ser um dos fatores de estabilidade”, o que “é bom para o Governo e é bom para o país”.
Carlos César sublinhou que o PS partilha com o Presidente “um esforço por uma Europa menos adiada e por uma Europa em que os políticos estão mais próximos dos interesses e das aspirações dos cidadãos e das regiões”.
“Partilhamos com o Presidente da República a prioridade em 2020, e no conjunto desta legislatura, em áreas decisivas como a saúde, a das alterações climáticas, a da demografia, a da segurança e de outras funções de soberania, a do investimento e a do combate a fatores de desigualdade em que se incluem aqueles que resultam da transição para a sociedade digital”, elencou ainda.
O dirigente socialista referiu que o Presidente “fez bem em salientar, por um lado os avanços conseguidos” no país “e, por outro lado, tudo aquilo que ainda há por fazer” e que “naturalmente é muito”.
Questionado na sede do PS/Açores, em Ponta Delgada, sobre a viabilização do Orçamento de Estado para 2020, Carlos César lembrou que “o PS e o Governo têm desenvolvido contactos” e acrescentou que “na próxima sexta-feira”, ocorrerão “também outras reuniões” envolvendo os partidos com os quais o PS “tem privilegiado o diálogo” na anterior legislatura e na atual.
“Nós consideramos que este é um momento para mostrar ao país que a opção que os eleitores fizeram de reconfirmar o Partido Socialista fortalecido no Governo, mas sem maioria absoluta, é uma opção pela estabilidade, ou seja, pela responsabilidade também dos outros partidos que se comprometeram nesta solução global”, vincou.
O Presidente da República desejou hoje um 2020 “de esperança”, com um “Governo forte, concretizador e dialogante”, uma “oposição forte e alternativa” e pediu que se concentrem esforços “na saúde, na segurança, na coesão e inclusão”.
Numa mensagem de Ano Novo, a partir da ilha do Corvo, nos Açores, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que, em Portugal, “esperança quer dizer Governo forte, concretizador e dialogante para corresponder à vontade popular que escolheu continuar o mesmo caminho, mas sem maioria absoluta”.
Na reação do PS à mensagem de Ano Novo do Presidente da República, o presidente do PS registou ainda a escolha de Marcelo Rebelo de Sousa em fazer a passagem de ano no Corvo, a mais pequena ilha dos Açores.
“Essa escolha é importante, porque chama a atenção dos portugueses e dos decisores para as desigualdades de oportunidades, umas delas naturais e territoriais, outras motivadas pela incúria dos poderes públicos ou pela desatenção dos decisores”, sustentou Carlos César, apontando a necessidade de “continuar a fazer um esforço para que o Portugal inteiro seja mais igual” e com “melhores oportunidades”.
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