Subida de tom nas tensões no Médio Oriente castiga Wall Street
O ataque aéreo dos Estados Unidos a Bagdad, que resultou na morte de um general iraniano, está a provocar uma intensificação das tensões no Médio Oriente. Wall Street ressente-se.
Depois de ter arrancado 2020 em máximos, Wall Street está agora em terreno negativo. Isto em resultado da morte do general iraniano Qassem Soleimain num ataque aéreo levado a cabo pelo Estados Unidos em Bagdad. A subida de tom das tensões geopolíticas no Médio Oriente está a deixar os investidores receosos.
O índice de referência, o S&P 500, está a recuar 1,03% para 3.224,2 pontos. No mesmo sentido, o tecnológico Nasdaq desvaloriza 1,21% para 8.981,81 pontos e o índice industrial Dow Jones perde 1,16% para 28.533,86 pontos.
Por ordem do presidente Donald Trump, as forças armadas dos Estados Unidos “tomaram medidas defensivas decisivas para proteger o pessoal norte-americano no estrangeiro”, matando o general iraniano Qassem Soleimani num ataque aéreo a Bagdad.
Em reação, o líder supremo do Irão prometeu vingar a morte do general em causa e declarou três dias de luto nacional. “Uma vingança implacável aguarda os criminosos que encheram as mãos com o seu sangue e o sangue de outros mártires”, avisou Ali Khamenei, citado pela agência de notícias France-Presse.
Esta subida de tom das tensões geopolíticas no Médio Oriente desfez o otimismo que tinha marcado as negociações no arranque deste ano. Os três principais índices norte-americanos chegaram mesmo a registar valores recordes à boleia dos novos estímulos anunciados pelo Banco Popular da China e pelo alívio das tensões comerciais entre os Washington e Pequim.
Na sessão desta sexta-feira, destaque para as petrolíferas Exxon Mobil Corp e Chevron Corp, cujos títulos avançam respetivamente 0,32% para 71,13 dólares e 0,64% para 122,21 dólares. Estão ambas a reagir à forte subida dos preços do petróleo nos mercados internacionais.
Em sentido contrário, as ações da American Airlines estão a recuar 5,05% para 27,62 dólares, face à perspetiva de que os custos das operações irão aumentar.
Também no vermelho estão os títulos do Bank of America e do Citigroup, recuando 2,27% para 34,83 dólares e 2,01% para 79,62 dólares. Estas cotadas são altamente sensíveis a mudanças externas.
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