Ferro promete usar Constituição e regimento para travar populismos contra o Parlamento
"Compete ao presidente da Assembleia da República utilizar a Constituição e o regimento para que essas manifestações nunca tenham lugar no Parlamento de forma sustentada", disse Ferro.
O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, prometeu esta segunda-feira usar a Constituição e o regimento do Parlamento para travar manifestações de populismo na instituição parlamentar, advertindo que estes fenómenos não podem ser menosprezados pelos democratas.
Ferro Rodrigues, que foi secretário-geral do PS entre 2002 e 2004, falava no jantar de Natal e de Ano Novo da bancada socialista, em Lisboa, na única intervenção da noite que não teve a questão do Orçamento como tema central, mas sim os fenómenos do nacionalismo e populismo.
“Não podemos deixar passar. Tenho a certeza de que o Grupo Parlamentar do PS será o primeiro a bater-se contra o populismo na Assembleia da República e fora dela. Compete ao presidente da Assembleia da República utilizar a Constituição e o regimento para que essas manifestações nunca tenham lugar no Parlamento de forma sustentada”, disse.
Na sua breve intervenção, o presidente da Assembleia da República começou por manifestar preocupação face ao clima de tensão entre os Estados Unidos e o Irão, mas, logo depois, referiu-se ao teor de uma recente entrevista dada pelo norte-americano Steve Bannon, ao semanário Expresso (acesso pago).
“Diz que também em Portugal haverá uma revolução de caráter populista e nacionalista. Eu não levo estas coisas a brincar. O nacionalismo conduziu-nos à guerra colonial, já o experimentámos muitos anos e temos de saber responder a este desafio”, sustentou.
Diz que também em Portugal haverá uma revolução de caráter populista e nacionalista. Eu não levo estas coisas a brincar. O nacionalismo conduziu-nos à guerra colonial, já o experimentámos muitos anos e temos de saber responder a este desafio.
Ferro Rodrigues considerou depois que o populismo tem como principais armas “a calúnia, a mentira o medo e as atuações de claques de futebol”.
“O populismo incita manifestações de arruaça permanentes e de provocação e desafio à ordem democrática”, acrescentou.
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