CDS “renasce mais forte”. “Estamos aqui para combater as esquerdas”, diz Francisco Rodrigues dos Santos, o novo presidente
O novo presidente do CDS diz que o partido "não será muleta de ninguém", nem "mordomo de nenhum outro partido".
A vitória de Francisco Rodrigues dos Santos como novo presidente do CDS vai fazer o partido “renascer mais forte, com mais confiança e determinação”. Quem o disse foi o próprio líder, durante o discurso de vitória. O também presidente da Juventude Popular (JP) diz que, de hoje em diante, o CDS será “o braço direito” dos portugueses e que está aqui “para combater as esquerdas e o socialismo”.
“O CDS renasce sempre mais forte, com mais confiança e determinação, porque o papel do CDS é insubstituível e inegável na democracia. Daqui não arredamos pé e estamos aqui para combater as esquerdas e o socialismo vigentes em Portugal”, começou por dizer Francisco Rodrigues dos Santos, dizendo compreender a “desilusão” dos militantes, mas prometendo trabalhar para melhorar isso.
“Espero que, por cada eleitor que regresse, possa vir outro novo. Para que juntos comecemos a construir uma sólida alternativa para o povo não socialista em Portugal. À direita lidera o CDS, não lidera nenhum outro partido. Seremos a nova direita em Portugal“, afirmou.
“Somos um partido de direita, sem complexos. Mas não passaremos os dias a fazer essa proclamação. O CDS será o braço direito de todos os portugueses, mas será um braço de trabalho, que trabalhará com genica, movimento e energia. Não recebemos lições de ninguém, nem dos que chegaram há mais tempo nem dos que chegaram há menos”, disse o novo presidente dos centristas.
Francisco Rodrigues dos Santos continuou o discurso de querer afirmar o CDS à direita, dizendo que este é o momento de “arregaçar as mangas e acabar com as folgas que têm sido dadas na oposição ao PS”. “Vamos desde hoje lançar as bases para uma nova maioria de direita em 2023”, sublinhou, acrescentando que o CDS “não será muleta de ninguém”, nem “mordomo de nenhum outro partido”.
As promessas do novo líder
E, como não podia deixar de ser, o novo presidente deixou aos militantes um conjunto de objetivos com que se compromete cumprir, naquele que apelidou de “Projeto para Portugal”:
- “Resgatar o Estado e a economia da ditadura de interesses, combatendo a corrupção”;
- Criar um “novo modelo de supervisão do sistema financeiro e de regulador dos setores estratégicos”;
- “Reforma do sistema eleitoral, de modo a devolver a última palavra aos eleitores na escolha dos representantes”;
- Apresentar um “novo contrato de confiança entre gerações, para o que o sistema da Segurança Social garanta resposta aos desafios demográficos que se colocam”;
- Defender um “Sistema Nacional de Saúde (SNS) universal, modernizado e preparado”, de forma a “dar resposta, em tempo útil, aos doentes”, evitando que se “triplique o tempo de espera para cirurgias urgentes” e que “se prestem cuidados médios nos corredores” dos hospitais;
- “Renovar a capacidade operacional da política”;
- “Valorizar e prestigiar a condição militar”;
- “Devolver a coesão territorial ao país, respeitando as tradições e a ruralidade, contra modas e preconceitos”;
- “Provocar ao país um verdadeiro choque fiscal, amigo das poupanças das famílias e do investimento”;
- “Defender uma justiça forte”, através de uma “reforma equilibrada do sistema de justiça para colocar um ponto final nos privilégios dos mais poderosos”;
- Provocar uma “revolução digital”.
Francisco Rodrigues dos Santos terminou o discurso afirmando que “este é o momento de voltar ao terreno com a identidade clara e com o rosto visível”. “Neste CDS renovado, acreditamos que seremos capazes de surpreender o país e reconquistar as bases sociais de apoio. Não seremos políticos que aparentam firmeza nas palavras e revelam fraqueza quando enfrentam as consequências dessas mesmas palavras“.
(Notícia atualizada às 16h57 com mais informação)
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