30% da receita da consultora de Vitorino foi paga por empresa suspeita de corrupção
Consultora de Vitorino recebeu três transferências de 255 mil euros de sociedade de advogados espanhola investigada num esquema de corrupção que envolve a petrolífera venezuelana.
A empresa de consultoria detida em partes iguais por António Vitorino, ex-ministro português e atual diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM), com a mulher, terá recebido três transferências de 255 mil euros, entre 2012 e 2016, de uma sociedade de advogados espanhola, a Morodo Abogados, investigada em Espanha por suspeitas de participar num esquema de corrupção que envolve a petrolífera estatal venezuelana, a PVDSA. O valor recebido pela EMAB Consultores, Lda, representa 28% das receitas arrecadadas pela empresa entre 2012 e 2018, avança o Público (acesso pago) nesta quarta-feira.
Os cálculos têm por base a informação dos relatório e contas da empresa, sendo que o jornal adianta que essas três transações não serão as únicas operações suspeitas que a justiça espanhola está a analisar.
Já no passado domingo, o jornal digital espanhol OKDiario tinha referido a existência de dois pagamentos de 35 mil euros, um feito em 2011 e outro em 2012, que terão tido António Vitorino como destinatário direto. Neste caso, as operações terão sido feitas por uma outra sociedade, a Aequitas Abogados y Consultores, que recebeu verbas avultadas diretamente da petrolífera venezuelana.
Ao todo, o ex-ministro português terá recebido pelo menos 325 mil euros das duas empresas espanholas, segundo consta em documentos oficiais da unidade de apoio da “Fiscalia” Especial contra a Corrupção e a Criminalidade Organizada, em Espanha.
António Vitorino, reiterou o teor da declaração que fez em janeiro, quando refutou “veementemente as insinuações” que o envolvem neste caso.
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