Cofina quer fechar compra da posição da Prisa na TVI até meados de março

A Cofina espera que a compra da posição da Prisa na Media Capital esteja fechada logo após a conclusão do aumento de capital, na segunda semana de março.

A Cofina espera que a compra da posição maioritária que a Prisa detém na Media Capital esteja fechada até à segunda semana de março, a mesma em que prevê concluir o aumento de capital. A partir deste prazo, terá de lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) para comprar os pouco mais de 5% da dona da TVI que ficam a faltar.

Oficialmente, o grupo não faz comentários. Mas o ECO sabe que a segunda semana de março é o prazo de referência para a conclusão da parte mais importante do negócio: a aquisição de 100% da holding Vertix, que detém 94,69% da Media Capital, aos espanhóis da Prisa.

Para já, está em andamento o aumento de capital de 85 milhões de euros que financiará parcialmente a compra pela dona do Correio da Manhã e no qual participarão o empresário Mário Ferreira e o próprio Abanca, que deverão figurar entre os acionistas de referência da “nova” Cofina. O aumento arranca esta quinta-feira e está previsto ser liquidado a 11 de março.

Assim, com o capital em mãos, a Cofina não tenciona esperar muito mais para fechar a transação com a Prisa. E após o closing da operação, começa a contar o prazo entre duas a dez semanas no qual o grupo terá de lançar uma OPA sobre o capital remanescente, nomeadamente os 5,05% detidos pelo Abanca e os 0,26% do free float.

Por esta posição em mercado, a Cofina propôs pagar 2,3336 euros por ação. A CMVM solicitou um auditor independente para avaliar os títulos da Media Capital, tendo este apresentado um valor de 1,90 euros. Perante esta avaliação inferior à proposta da empresa de Paulo Fernandes, o regulador defendeu o preço inicialmente oferecido.

Globalmente, considerando a posição da Prisa, os 5,05% no mercado, mas também a dívida, a operação avalia a Media Capital em 205 milhões de euros. Um desconto de 50 milhões de euros face ao preço inicialmente acordado, que é explicado com a queda das audiências e o deteriorar dos resultados da TVI, o principal canal do portefólio da empresa.

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