Endividamento da economia arranca 2020 com subida de 1,5 mil milhões de euros
O endividamento da economia aumentou 1,5 mil milhões de euros em janeiro deste ano, fixando-se nos 722,5 mil milhões de euros, segundo os dados divulgados pelo Banco de Portugal.
O endividamento da economia portuguesa (empresas, famílias e Estado) aumentou 1,5 mil milhões de euros entre dezembro de 2019 e janeiro deste ano, passando dos 721 mil milhões de euros para os 722,5 mil milhões de euros, segundo os dados divulgados esta quinta-feira, pelo Banco de Portugal.
Os números mostram que este aumento deve-se essencialmente à subida do endividamento do setor público, o que poderá ser explicado pela concentração de emissões de dívida pública. Em janeiro, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP fez uma emissão sindicada, como é habitual no início de cada ano, em que conseguiu emitir quatro mil milhões de euros.
“Este aumento deveu-se ao acréscimo de 2,0 mil milhões de euros no endividamento do setor público, que foi parcialmente compensado pela diminuição do endividamento do setor privado”, confirma o banco central na nota de informação estatística.
O endividamento do setor público não financeiro aumentou de 317,4 mil milhões de euros em dezembro de 2019 para 319,4 mil milhões de euros em janeiro de 2020, mais dois mil milhões de euros. Já o endividamento das empresas baixou ligeiramente (cerca de 500 milhões de euros) e o dos particulares manteve-se praticamente inalterado.
No entanto, o indicador mais relevante para medir o endividamento de um país (Estado, empresas públicas e privadas e famílias) é o seu peso no PIB dado que o coloca em perspetiva da produção da economia. Nesta ótica, o valor tem vindo a descer desde o pico alcançado em 2013. 2019 fechou com um peso de 339,7%, menos 11,7 pontos percentuais face ao final de 2018 (351,4%).
Estes dados referem-se ao setor não financeiro, isto é, excluem os bancos e outras instituições financeiras. O valor não está consolidado, isto é, não desconta o endividamento entre os vários agentes.
“O endividamento do setor público face ao exterior subiu 3,7 mil milhões de euros, o qual foi parcialmente compensado pela evolução verificada junto dos restantes setores financiadores, com destaque para a diminuição do endividamento face aos particulares (0,7 mil milhões de euros) e ao setor financeiro (0,7 mil milhões de euros)”, esclarece ainda o BdP.
(Notícia atualizada às 11h com mais informação)
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