Em Portugal morre-se mais de doenças do aparelho respiratório que na UE
As doenças respiratórias representaram 11,7% da mortalidade total ocorrida no país em 2018, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística.
Portugal regista mais mortes devido a doenças do aparelho respiratório que a média dos países da União Europeia, nomeadamente por pneumonia, revelam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira. As doenças respiratórias representaram 11,7% da mortalidade total ocorrida no país em 2018.
Já a pneumonia foi responsável por 5,1% das mortes nesse ano, tendo registado um aumento de 2,5% óbitos em relação ao ano anterior, mostram os dados revelados a propósito do Dia Mundial de Saúde, que se celebra esta terça-feira. A taxa bruta de mortalidade desta doença foi mais alta para as pessoas com 65 anos ou mais.
As doenças crónicas das vias aéreas inferiores também têm dimensão no país, particularmente a doença pulmonar obstrutiva crónica. Ainda assim, estas têm uma letalidade por 100 mil habitantes mais elevada na UE-28.
Nestes dados, o INE destaca a importância, como causa de morte, das doenças do aparelho respiratório, numa altura em que se vive a pandemia do novo coronavírus, que pode causar infeção respiratória grave.
Existiam 3,4 camas disponíveis por mil habitantes em 2018
O total de camas disponíveis e apetrechadas para internamento imediato de doentes era de 35.429 em 2018, das quais 68,1% em hospitais públicos ou em parceria público-privada e as restantes 31,9% em hospitais privados, nota o INE. Desta forma, o número médio de camas de internamento era de 3,4 por mil habitantes.
O número de camas disponíveis aumentou face ao ano anterior, mas “o seu nível está ainda ligeiramente abaixo do registado em 2008, tendo-se observado ao longo da década uma redução progressiva do peso relativo do setor publico na oferta deste serviço”, salienta o INE.O crescimento no número de camas foi principalmente devido aos hospitais privados, onde os internamentos continuaram a aumentar. Foi no conjunto dos hospitais privados que a produção mais aumentou em relação ao ano anterior, com mais 12,5% de cirurgias, mais 10,4% nos atendimentos de urgência, mais 6,9% nas consultas médicas e mais 4,3% de internamentos.
No entanto, continuaram a ser os hospitais públicos os principais produtores de serviços médicos, “assegurando mais de 80% dos atendimentos em urgência, 75% dos internamentos, perto de 70% das cirurgias e cerca de 64% das consultas médicas”, indica o INE.
Há mais médicos e enfermeiros. Crescimento é superior ao da UE
O número de médicos e enfermeiros em Portugal continuou a aumentar em 2018. Estavam inscritos na Ordem dos Médicos 53.657 profissionais, mais 3,3% que em 2017. “O crescimento do número de médicos tem vindo a ser consistentemente mais elevado em Portugal“, aponta o INE. Foi de 30,3% entre 2009 e 2017, enquanto que, no mesmo período, aumentou 10,7% na UE-28.
Do total de médicos no país, 62% tinha uma especialidade. A medicina geral e familiar e a pediatria eram as especialidades mais frequentes entre as médicas e a medicina geral e familiar e medicina interna entre os médicos. Existiam ainda 649 médicos especialistas em pneumologia, 547 especialistas em saúde pública e 194 especialistas em doenças infecciosas.
Já na Ordem dos Enfermeiros estavam registados 73.650 profissionais, mais 2,9% que no ano anterior. Este crescimento elevou o rácio de enfermeiros por mil habitantes de 5,8 em 2008 para 7,2 em 2018. No total nacional, 71,9% dos enfermeiros afetos aos hospitais era
enfermeiro de cuidados gerais.
(Notícia atualizada às 12h05)
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