SIVA tem todos os trabalhadores em lay-off, alguns a tempo parcial

A SIVA, que passou recentemente a ser controlada pela Porsche Holding Salzburg, tem todos os funcionários em lay-off. A representante da VW, Audi e Skoda no mercado nacional avançou com esta solução perante a crise provocada pelo Covid-19, tendo enviado parte dos trabalhadores para casa, mantendo algumas com horário parcial, trabalhando num sistema rotativo.

“Todos os trabalhadores estão em lay-off, total ou parcial”, diz Pedro de Almeida, managing diretor da SIVA em resposta a questões colocadas pelo ECO. Os cerca de 600 colaboradores da empresa estão em lay-off desde a semana passada, mantendo-se uma parte a trabalhar com redução de horário.

Os que estão em lay-off parcial trabalham nas instalações da importadora, mas num “sistema rotativo”, explica o responsável. “Implementámos um sistema de presença rotativa no escritório para todos os que continuam a trabalhar“, diz, acrescentando que a alternância se faz de semana a semana.

"As quebras de faturação que temos vindo a registar desde meados de março têm um impacto inegável nos nossos resultados e a situação vai-se deteriorando a cada dia que passa.”

O recurso ao mecanismo do lay-off permite à empresa reduzir custos. No âmbito da pandemia, o Governo avançou com um regime simplificado em que o trabalhador é alvo de uma redução do vencimento, sendo que uma parte, 70%, é assegurada pela Segurança Social, ficando o empregador com a responsabilidade de assegurar os restantes 30%.

Esta medida procura aliviar das empresas de encargos avultados numa altura em que as receitas afundam — havendo o compromisso de não serem feitos despedimentos. No caso da SIVA, Pedro de Almeida admite um impacto expressivo nas receitas, isto depois de um mês em que as vendas de automóveis afundaram mais de 50%.

“As quebras de faturação que temos vindo a registar desde meados de março têm um impacto inegável nos nossos resultados e a situação vai-se deteriorando a cada dia que passa”, diz o responsável da importadora adquirida pela Porsche Holding Salzburg a Gonçalo Pereira Coutinho por um valor simbólico de um euro.