Vírus está a atacar o turismo. Veja o colapso em 4 gráficos
A crise está a levar as empresas de alojamento e de restauração a fechar portas e a aderir ao lay-off. Há mesmo quem garanta não aguentar mais de dois meses.
Todos os setores estão a sofrer com a pandemia, mas o turismo é, de longe, o mais penalizado. Empresas paradas, hotéis fechados e milhares de trabalhadores sem trabalho. A partir do inquérito feito pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pelo Banco de Portugal (BdP), perceba, em quatro gráficos, os impactos desta crise.
Numa análise às empresas de vários setores de atividade, o setor do alojamento e restauração destaca-se… mas pela negativa, ao contrário do que se verificava antes do vírus chegar ao país. Olhando para a semana de 13 a 17 de abril, o inquérito revela uma quebra acentuada no volume de negócios. As microempresas do setor do alojamento e da restauração foram aquelas que mais frequentemente registaram perdas superiores a 75%.
Perante esta forte quebra nas receitas, muitas destas empresas têm fechado portas. O inquérito do INE e do BdP revela que apenas 38% destas empresas se mantinham a operar, sendo que mais de metade (56%) das empresas deste setor fecharam portas temporariamente perante a ausência de clientes. 6% já tinham encerrado definitivamente, não conseguindo encontrar formas de sobrevivência.
A paralisação da atividade, ou mesmo o encerramento em definitivo, está a ter impacto nos seus recursos humanos. A grande maioria das empresas está a pensar aderir, ou já aderiu, ao regime de lay-off. De acordo com o inquérito, 91% das empresas de alojamento e restauração aderiu ou pretende aderir ao lay-off, sendo o setor de atividade que mais refere esta hipótese.
Face a todas estas consequências, as empresas do setor acreditam ser capazes de aguentar esta crise por mais um ou dois meses. Enquanto isso, apenas uma pequena parte diz ser capaz de aguentar mais de seis meses nesta situação.
Uma tendência que se verifica também nos restantes setores. “48% das empresas afirma não ter condições para se manter em atividade por mais de dois meses sem medidas adicionais de apoio à liquidez”, refere o inquérito do INE e do BdP.
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