BCP dispara 10% para máximos de três meses. PSI-20 ganha 3%
Ganhos do banco liderado por Miguel Maya foram apenas ultrapassados pela Pharol, que somou 16,4%.
O BCP foi a estrela da bolsa de Lisboa, com um forte ganho que o levou para o valor mais elevado em três meses. As ações do banco liderado por Miguel Maya subiram 10,4% para 0,1106 euros, a acompanhar o sentimento positivo no setor. A banca europeia valorizou cerca de 3%, acima da valorização de 1,5% do europeu Stoxx 600.
Animado pelo banco, bem como pelas energéticas, o PSI-20 avançou 2,97% para 4.557,20 pontos na sessão. Na energia, a petrolífera Galp somou 4,37% para 11,70 euros por ação num dia de forte ganhos para o petróleo: a reabertura das economias e a perspetiva de que a OPEP+ prolongue os cortes de produção levaram o brent para próximo dos 40 dólares por barril. A EDP somou 2,07% e a EDP Renováveis 1,98%.
Os CTT avançaram 5,7%, a Mota-Engil subiu 3,2%, a Navigator ganhou 1,86%, a Nos somou 1,79% e a Jerónimo Martins valorizou 0,68%. A contrariar, fecharam apenas duas cotadas no vermelho: a Ibersol (-0,66%) e a Novabase (-0,9%).
Portugal acompanhou o sentimento internacional, onde de forma generalizada tanto a subida dos preços do petróleo como os sinais de recuperação económica global estão a dar um novo impulso às ações. Tal como o PSI-20, as bolsas mundiais estão em máximos de março.
Bolsa de Lisboa não valia tanto desde março
“De certa forma, é notável que o mercado continue com este clima positivo”, diz Elwin de Groot, chefe de macro-estratégia do Rabobank, citado pela Reuters. “Mesmo com os protestos crescentes nos EUA e a situação atual em Hong Kong, o mercado está a avançar e a abrir espaço para o otimismo“.
O alemão DAX, que esteve fechado na última sessão devido a um feriado no país, foi o que mais subiu (3,5%), graças ao plano de estímulos económicos que o Governo alemão está a estudar e que poderá ir até 100 mil milhões de euros. Em França, espera-se uma recessão de 11% em 2020 e, ainda assim, o CAC 40 ganhou 1,8%.
Apesar do otimismo nas ações, os investidores estão a mostrar ceticismo em afastar-se da segurança das obrigações, que continuam também em baixa. À espera que o Banco Central Europeu (BCE) anuncie um reforço da bazuca europeia na quinta-feira, os juros das dívidas da Zona Euro recuam. No caso de Portugal, a yield das obrigações a dez anos vai já em 0,528%.
(Notícia atualizada às 17h00)
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