Banca não entende nova taxa. Diz que cria entraves ao financiamento da economia
Associação Portuguesa de Bancos está contra a aplicação da taxa de solidariedade, que foi criada pelo Governo no Programa de Estabilização Económica e Social (PEES).
A banca não entende as razões para a nova contribuição que o setor vai dar para financiar a segurança social. Esta taxa de solidariedade foi criada pelo Governo no Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) e é, assim, reprovada pela Associação Portuguesa de Bancos (APB).
“A APB desconhece e não compreende que razões podem justificar a aplicação de uma contribuição de solidariedade apenas sobre o setor bancário“, diz a associação, em comunicado, sobre a taxa que se pretende que contribua para suportar os custos da resposta pública à atual crise, através da consignação ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social.
Este adicional à contribuição de solidariedade sobre o setor bancário, no valor de 0,02 pontos percentuais, vai render 33 milhões de euros aos cofres do Estado. Mas a associação que representa os bancos considera que a nova taxa representa um entrave ao setor, numa altura em que a banca é necessária para apoiar a retoma economia, argumenta.
"Perante o atual contexto, a saúde financeira da banca tem que ser preservada, não devendo ser criados mais entraves à capacidade dos bancos financiarem a economia e serem competitivos no espaço europeu.”
“Qualquer taxa de solidariedade, a ser necessária, não deveria incidir precisamente sobre o setor que, quer no presente, onde vem apoiando decisivamente famílias e empresas, mas essencialmente no futuro, tem um papel determinante na recuperação da atividade económica“, aponta a APB.
A associação liderada por Fernando Faria de Oliveira sublinha que a “brutal” recessão provocada pela pandemia e o aumento do incumprimento do crédito que sempre ocorre nessas circunstâncias, poderá fazer com que a banca seja um dos setores mais afetados pela crise. “Perante o atual contexto, a saúde financeira da banca tem que ser preservada, não devendo ser criados mais entraves à capacidade dos bancos financiarem a economia e serem competitivos no espaço europeu”, acrescenta.
(Notícia atualizada às 12h50)
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