Empresas em lay-off recuam no início de junho. Eram uma em cada quatro
Cerca de 24% das empresas estavam em lay-off simplificado na primeira semana de junho, indica o barómetro semanal da CIP. É metade face ao que era registado no início de maio.
À medida que a sociedade portuguesa desconfina, cai o número de empresas em situação de lay-off. Na primeira semana de junho, uma em cada quatro empresas estavam em situação de lay-off simplificado, indica o barómetro semanal da CIP-Confederação Empresarial de Portugal. É metade comparativamente com a situação que se registava um mês antes.
Segundo as conclusões do barómetro, para o qual foram sondadas 652 empresas de um universo total de 150 mil, 24% das empresas estavam sujeitas a lay-off simplificado na primeira semana de junho. Esta percentagem compara com os 35% da semana anterior, prosseguindo, desta forma, o decréscimo do número de empresas em situação de paragem total ou parcial ditada pela pandemia.
A evolução deste indicador coincide com as fases de desconfinamento gradual da sociedade e levantamento das restrições à atividade económica, que tiveram início no início de maio. Nessa altura, 48% das empresas sondadas por este barómetro reportavam estar em situação de lay-off.
Evolução do regime de lay-off nas empresas
Óscar Gaspar, vice-presidente do conselho geral da CIP, congratula-se com a quebra verificada no número de empresas em situação de lay-off. Contudo, lembra que “este instrumento foi absolutamente vital para a manutenção dos postos de trabalho” de muitas empresas em Portugal durante a fase mais aguda da crise pandémica.
Se o número de empresas que reportou estar em situação de lay-off baixou, a proporção daquelas que descartam poder vir a avançar nesse sentido aumentou. É um sinal de maior confiança no futuro da economia nacional. Do total de empresas que não se encontravam em lay-off simplificado, 69% pôs completamente de parte o recurso a este mecanismo. Na semana anterior, iniciada a 25 de maio, a proporção era de 59%, isto é, inferior.
Evolução positiva teve ainda o número de empresas que se mantinham com a atividade totalmente encerrada. Apenas 4% estavam nesta situação na primeira semana de junho, abaixo dos 5% registados na semana anterior e aquém dos 16% que se verificavam na última semana de abril.
“Uma das conclusões mais importantes é que 96% das empresas estavam em funcionamento“, salienta Óscar Gaspar acerca dos resultados do barómetro divulgados esta segunda-feira pela CIP.
Ainda assim, nem tudo são boas notícias em termos da avaliação dos empresários, nomeadamente no que respeita aos apoios do Estado. “Os empresários continuam a entender que as medidas propostas pelo governo estão aquém do necessário“, diz Óscar Gaspar, lembrando que 78% dos participantes no inquérito apontaram nesse sentido. Mas a proporção é mais baixa face ao verificado nos barómetros anteriores.
Relativamente ao financiamento bancário, houve melhorias. 47% das empresas reportaram na primeira semana de junho já terem recebido financiamento. Na semana anterior, a proporção era de 39%. Ainda assim, o responsável da CIP lembra que, “vendo ao contrário, mais de metade das empresas ainda não recebeu os apoios” nesta vertente.
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