Companhia aérea australiana Qantas corta 6.000 postos de trabalho
Empresa prevê manter inativos 15.000 dos 29.000 trabalhadores, sobretudo nas operações internacionais, até que os voos para o estrangeiro sejam retomados.
A companhia aérea australiana Qantas anunciou que vai suprimir cerca de 6.000 postos de trabalho, uma das medidas do plano de reestruturação para ultrapassar a crise provocada pela pandemia de Covid-19.
O plano estratégico, que prevê igualmente uma redução de custos de cerca de 15 mil milhões de dólares australianos (9,1 mil milhões de euros), deverá ser implementado nos próximos três anos, anunciou a companhia em comunicado.
“A adaptação a esta nova realidade implica tomar algumas decisões dolorosas”, disse o diretor-executivo da Qantas, Alan Joyce.
A empresa prevê também manter inativos 15.000 dos 29.000 trabalhadores, sobretudo nas operações internacionais, até que os voos para o estrangeiro sejam retomados.
A companhia aérea também deixará em terra uma centena de aviões durante cerca de um ano, além de ter decidido adiar a aquisição da frota de A321neo e 787-9.
A Qantas, que celebra este ano o 100º aniversário, espera operar a partir de julho 40% dos seus voos domésticos, em relação aos níveis habituais antes da pandemia.
Em meados de abril, a Qantas e a Virgin Australia Airlines receberam um auxílio governamental de 165 milhões de dólares australianos (100 milhões de euros) para operarem voos domésticos essenciais durante a crise de Covid-19.
Esta injeção financeira veio juntar-se aos mil milhões de dólares australianos (610 milhões de euros) que o Governo australiano atribuiu em março ao setor da aviação aérea, em resposta à pandemia.
O Governo australiano, que pretende retomar a maioria das atividades económicas até julho, deverá no entanto manter as fronteiras fechadas até 2021, afirmou recentemente o ministro do Turismo, Simon Birmingham.
A pandemia de Covid-19 já provocou quase 479 mil mortos e infetou mais de 9,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
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